Um novo caso suspeito de racismo em um grupo de estudantes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) repercutiu pela internet nesta sexta-feira (24). O caso desta vez aconteceu aparentemente em um grupo de calouros do curso de jornalismo. Nas imagens divulgadas é possível ver uma figurinha com teor racista, e uma que contem a imagem do ditador do partido nazista Adolf Hitler.
O perfil da Universidade Estadual de Ponta Grossa na rede social Twitter, comentou em uma das publicações feita por uma das alunas do curso, que pedia ações repreensivas por parte da instituição. O perfil respondeu que foi encaminhado à denúncia à Pró-reitoria de Assuntos Estudantis e à Ouvidoria.
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A Associação Atlética do curso de Jornalismo (AAJ), o Centro Acadêmico João do Rio (Cajor) e o time de Arlequinas Cheerleading, entidades do curso de jornalismo da UEPG, postaram em suas redes sociais notas de repúdio contra a ação dos envolvidos.
O caso é semelhante ao que aconteceu em Ponta Grossa em dezembro de 2022, onde um grupo de ex-estudantes do curso de agronomia da UEPG compartilhou figurinhas em um grupo de Whatsapp que faziam apologia ao racismo, e ao partido nazista. Os estudantes acabaram sendo expulsos após decisão do Conselho Universitário da UEPG (COU). Ao todo foram 7 estudantes do curso que foram desligados da instituição neste caso.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) também publicou uma nota de repúdio sobre o acontecido, leia na integra.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) repudia veementemente o caso de racismo e apologia ao nazismo registrado em um grupo para troca de mensagens mantido em um aplicativo, envolvendo alunos do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). A luta contra o racismo é diária e a prática antirracista é necessária em todos os espaços da sociedade, especialmente em um local de pluralidade e formação cidadã como uma universidade. Essa é a segunda situação recente que veio a público envolvendo práticas de intolerância na instituição.
O SindijorPR, enquanto entidade que representa profissionais de Jornalismo no Estado, luta constantemente em defesa da formação profissional e vê como inadmissível tal comportamento exercido por pessoas que, um dia, desejam exercer a profissão.
A profissão da/do jornalista está pautada por conceitos éticos e que não podem, em momento algum, ser rompidos por quaisquer profissionais e/ou estudantes. Tal como prevê o Código de Ética que rege a profissão em seu Artigo 6°: “É dever do jornalista: I – opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos […]”.
O SindijorPR solidariza-se com aqueles e aquelas que foram ofendidos e constrangidos por tais atos e está disposto a colaborar ainda mais com a formação dentro das universidades a fim de combater as práticas aqui registradas. Da mesma forma, este Sindicato espera que a instituição e autoridades públicas apurem o caso, investigando e responsabilizando os envolvidos.