O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pediu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste em 48 horas sobre a possível prática de crime eleitoral durante a campanha de 2022. O pedido foi feito pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, que também solicitou que o Ministério da Defesa apresente o resultado da auditoria feita pelas Forças Armadas nas urnas eletrônicas.
A ação contra Bolsonaro foi movida pelo PDT, que acusa o ex-presidente de usar sua influência política para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro e favorecer sua candidatura à reeleição. Segundo o partido, Bolsonaro teria cometido crime eleitoral ao realizar uma reunião com embaixadores estrangeiros, em julho de 2022, para criticar – sem provas – a confiabilidade das urnas e defender o voto impresso.
O TSE também investiga se houve uso político das Forças Armadas por parte de Bolsonaro, que teria recebido um relatório parcial da auditoria das urnas feita pelos militares, mas impedido sua divulgação pública. O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, determinou que o Ministério da Defesa entregue os documentos da fiscalização paralela das urnas em até 48 horas, sob pena de multa.
Se condenado, Bolsonaro pode ficar inelegível para as próximas eleições e até mesmo ser preso, caso se configure abuso de poder e desvio de finalidade. O ex-presidente nega as acusações e diz que não há nenhuma denúncia de corrupção contra ele. Ele também afirma que as urnas são vulneráveis a fraudes e que só aceitará o resultado das eleições se houver voto impresso.
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