Cidades

Vacina para rinite é alternativa de tratamento para alérgicos

A Organização Mundial da Alergia (WAO, na sigla em inglês) estima que a rinite alérgica afeta de 30% a 40% da população mundial. Ainda que aqueles que têm a enfermidade precisem “lutar” contra ela durante todo o ano, o inverno é uma época em que a doença é facilmente desencadeada, especialmente em razão do tempo seco característico da estação e do uso de cobertores que ficaram guardados por muito tempo.

[RELACIONADAS]

Para reduzir as ocorrências de crise, é fundamental evitar o contato com elementos alérgenos, como ácaros e pólen. O primeiro passo, portanto, é realizar um teste de alergia para identificar qual é o patógeno causador das crises alérgicas. Assim, o médico poderá recomendar o controle ambiental mais adequado ao paciente.

Otorrinolaringologista do Hospital IPO, Renata Becker Xavier explica que esse controle é realizado por meio de atitudes como evitar lugares empoeirados, trocar a vassoura por um aspirador de pó, colocar o colchão no sol e higienizar cobertas. Em caso de alergia a pelos de animais de estimação, como cães e gatos, é preciso cuidar para que os pets não subam em camas e sofás e não dormir com roupas com pelos. Se a alergia for a pólen, o melhor é não sair de casa no período da manhã, momento em que os grãos estão mais baixos e causam maior incômodo.

Muitas vezes, contudo, essas práticas não são suficientes para melhorar a qualidade de vida do paciente. Nessas situações, a vacina para rinite é uma opção interessante. Trata-se de um método efetivo para reduzir os sintomas quando não é possível afastar por completo o agente causador.

“A vacina vai fazer com que o corpo aumente os anticorpos contra o causador de alergia. Quando houver contato com o patógeno, a reação alérgica diminuirá”, explica Renata.

Além de auxiliar no combate à rinite, a vacina antialérgica também pode ser utilizada em casos de asma e no tratamento de alergias de pele. Ressalte-se que se trata de uma ferramenta terapêutica, ou seja, ela não cura a doença.

Quem pode utilizar a vacina

Na medicina, não existe nada 100% eficaz. Cada corpo, afinal, reage de formas diferentes, mas é possível observar um bom controle das crises alérgicas por meio da administração das vacinas.

“É um tratamento de três anos. Após o seu fim, é possível ter resposta positiva por até sete anos. A vacina é sublingual, indicada para ser aplicada três vezes por semana, dependendo do paciente”, comenta a otorrinolaringologista do Hospital IPO. 

A vacina pode ser administrada em casa, pelo próprio paciente, e é indicada para todos aqueles que possuem uma alergia documentada por teste alérgico, não têm doenças imunológicas descompensadas, não estão gestantes e não possuem alergia aos componentes da fórmula. Segundo Renata, se a paciente que já está no processo do uso das vacinas engravidar, o tratamento não precisa ser interrompido e o feto pode desenvolver imunidade à alergia também. Um médico, contudo, sempre deverá ser consultado.

Os pacientes que têm interesse no tratamento precisam procurar um otorrinolaringologista para ter o diagnóstico correto. Em seguida, o pedido de elaboração das vacinas será encaminhado a laboratório confiável.

“A vacina de rinite é personalizada, o que significa que não é possível adquiri-la em qualquer lugar. Ela é produzida de acordo com os fatores alergênicos e intensidade da doença no paciente. Por isso, é de extrema importância a consulta com um especialista de confiança”, finaliza a médica.

BNT Vídeos

Quer receber as Newsletter BnT?

Cadastre-se e receba, um email exclusivo com as principais noticias produzidas pela equipe do Portal Boca no Trombone

Web Stories

Adolescente atropelado Relembre o Bosque de Luz de Ponta Grossa PM ganha as ruas com Ações de Reforço Teto do shopping desaba em PG Cândido Neto entrevista Álvaro Goes Schumacher relembra gol histórico no Operário Palvavras de Deus no Portal BnT