O vereador Geraldo Stocco (PV) questionou a decisão tomada pela prefeita de Ponta Grossa, Professora Elizabeth Schmidt (PSD), de se “auto nomear” presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), cargo antes ocupado por Rodrigo Manjabosco. A nomeação da prefeita, que tem formação na área da Educação, foi publicada em edição extraordinária do Diário Oficial desta terça-feira (3).
[RELACIONADAS]Stocco lembra que há um entendimento jurídico que impede a prefeita de assumir outro cargo – tal ato configuraria descompatibilização do cargo – tal entendimento impediria a gestora se “auto nomear” para presidir a Fundação. Mas, para Stocco, além disso há a questão técnica. “Vivemos um momento delicado na Saúde e isso não é recente, se arrasta há muito tempo. Não vejo com bons olhos uma gestora sem formação específica na saúde acumular o cargo de prefeita de uma das maiores cidades do Paraná e também presidir a Fundação de Saúde”, diz Stocco.
O vereador do Partido Verde (PV) lembra ainda que com o fechamento do Hospital Municipal, o Hospital Amadeu Puppi, e a falta de médicos, a situação da área da saúde que “sempre foi tensa, agora se tornou desesperadora”. “Temos relatos de pessoas esperando mais de 15 horas por um atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs. E isso não é culpa do servidor, é culpa da gestão da Saúde”, critica Stocco.
No âmbito do Legislativo, Stocco deve levar o tema à tribuna nesta quarta-feira (4), questionando a própria legalidade da decisão da prefeita. “Não consigo ver isso [nomeação para Fundação de Saúde] com bons olhos. A cidade vive um momento tenso, uma prefeita tem inúmeros compromissos e creio que acumular mais este, a gestão de uma área tão técnica e fundamental, seja um erro”, diz Stocco.
Stocco lembra que Elizabeth já foi secretária municipal, inclusive quando era vice-prefeita, mas nunca na área de Saúde. A atual prefeita de Ponta Grossa já foi secretária de Cultura e Turismo durante o governo de Pedro Wosgrau (2005-2012), além de gestora da pasta de Recursos Humanos e Administração durante o segundo mandato do antecessor, o prefeito Marcelo Rangel.