Vereadores de Ponta Grossa
discutiram, na sessão ordinária desta segunda-feira (03), o veto da prefeita
Elizabeth Schmidt ao projeto de lei 14.398, de autoria da vereadora Joce Canto
(PSC). A matéria dispõe sobre a obrigatoriedade
da participação de profissionais de saúde do sexo feminino e assegura às
pacientes mulheres o direito de se fazer acompanhar por uma pessoa de sua
confiança, em todas as consultas, cirurgias, procedimentos clínicos e
laboratoriais que impliquem em sedação ou exposição do corpo, total ou
parcialmente.
A proposição surgiu em momento que
seis casos de abuso sexual ocorridos em unidades de saúde foram registrados. As
denuncias foram levadas à Ouvidoria do Município e relatadas durante uma reunião
da Comissão Parlamentar de Inquérito, a CPI da Saúde, da qual Joce Canto é uma
das integrantes.
O veto da prefeita foi duramente criticado
por Joce Canto e pela vereadora Josi do Coletivo (Psol), Geraldo Stocco (PV). A
Missionária Adriana, que caminha com a base do Governo, mostrou-se contrariada.
Outros legisladores que dão apoio ao Executivo, votaram pela rejeição ao veto. A
votação foi concluída com 15 votos de rejeição contra cinco pela manutenção do
veto.
Resumidamente, a justificativa do
Executivo era a de que não pode haver diferenciação entre homens e mulheres, em
se tratando de atendimento médico.