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Acne se torna cada vez mais comum entre mulheres adultas

Acne se torna cada vez mais comum entre mulheres adultas
Acne se torna cada vez mais comum entre mulheres adultas
Antes associados à adolescência, os cravos e espinhas têm levado muitas mulheres acima dos 25 anos aos consultórios dos dermatologistas – e a culpa pode ser da alimentação.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a acne é o principal motivo que leva as pessoas aos consultórios médicos. E se muitos pensam que esta é uma questão ligada apenas à adolescência, agora, um novo público vem lidando com a doença: as mulheres adultas. O levantamento, realizado em 2018, é o mais recente produzido pela entidade. 

Segundo dados da SBD repercutidos pela revista L’Officiel Brasil, atualmente, 40% das mulheres adultas acima de 25 anos têm acne. Segundo a Dra Fernanda Galante, nutricionista clínica ortomolecular e biomédica esteta, as causas da acne são diversas, pois envolve uma interação complexa entre fatores endógenos, ou seja, do próprio organismo, e exógenos, vindos do ambiente em que o paciente vive. 

“Predisposição genética, hormônios, microbioma da pele e intestino, estresse psicológico, poluentes do ar, produtos faciais agressivos e certos medicamentos são citados como fatores que influenciam a formação da acne”, elenca a médica, apontando, ainda, que esses fatores têm efeitos tanto na pele quanto no cabelo. 

A relação entre alimentação e acne

Um dos fatores que leva a formação de cravos e espinhas é a alimentação. A nutricionista comenta que algumas populações como os inuits canadenses, os zulus sul-africanos, os japoneses de Okinawa, os achés do Paraguai ou os ilhéus de Kitavan da Papua Nova Guiné, historicamente, não tinham acne. “O aparecimento de acne nesses grupos foi atribuído à aceitação de dietas ocidentais, incluindo alimentos processados, laticínios e açúcares refinados”, diz ela.

Assim, Fernanda afirma que existem pesquisas que revelam que a prevalência da acne é significativamente maior em populações ocidentais. E, geralmente, considera-se o fator alimentação como motivador dessa diferença. 

“As dietas ocidentais geralmente carecem de ácidos graxos ômega-3 de cadeia longa. Um desequilíbrio entre os ácidos graxos ômega-6 e ômega-3 é considerado fortemente envolvido no desenvolvimento da acne”, elucida a médica. “Além disso, a dieta ocidental é rica em laticínios, carboidratos refinados, chocolate e gorduras saturadas, que podem agravar a acne”.

Contudo, se a alimentação parece ser “inimiga” da pele, ela também pode atuar como grande aliada da beleza. A biomédica revela que suplementos derivados de fontes alimentares que fornecem benefícios nutricionais e medicinais, os chamados nutracêuticos, são particularmente interessantes para o tratamento de doenças da pele, incluindo a acne.

“Entre os estudos atualmente disponíveis sobre nutracêuticos para acne, uma revisão sistemática recente identificou 42 estudos de qualidade razoável ou boa, que mostram um benefício potencial do uso do zinco, da vitamina B5 e da vitamina D, além de extratos botânicos – incluindo chá verde –, probióticos e ácidos graxos ômega-3 no tratamento da acne”, pontua.

Para mais informações, basta acessar: @drafernandagalante 


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