Brasil

Ações judiciais por erro médico aumentam 506% no Brasil

der Boca no Trombone der
Foto - Redes
Este crescimento é parte de uma tendência mais ampla, que desde 2020 já havia visto um aumento geral de 158% nas demandas judiciais desse tipo.

Entre 2023 e 2024, o Brasil observou um aumento dramático de 506% nas ações judiciais associadas a danos resultantes de falhas nos serviços de saúde. Segundo informações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), esse fenômeno reflete uma preocupação crescente com a qualidade dos cuidados médicos prestados no país.

O total de novos processos relacionados a erros médicos saltou para 74.358 no último ano, comparado a apenas 12.268 registros em 2022. Este crescimento é parte de uma tendência mais ampla, que desde 2020 já havia visto um aumento geral de 158% nas demandas judiciais desse tipo.

A situação é preocupante, pois até o início de 2024, o Brasil acumulava 139.079 processos pendentes nessa categoria, o que representa um crescimento de 80,5% em relação aos 77.052 casos não julgados em 2020. Tais dados foram obtidos através do Painel de Estatísticas do CNJ.

Contexto e Reclassificação de Casos

Em resposta ao aumento dessas ações, o CNJ implementou em 2023 uma atualização na Tabela Processual Unificada (TPU). Essa mudança reformulou a classificação dos casos que anteriormente eram designados como “erro médico” para a nova terminologia “danos materiais e/ou morais decorrentes da prestação de serviços de saúde”, abrangendo tanto o setor público quanto privado.

Segundo nota oficial do CNJ, essa reclassificação está alinhada com os princípios estabelecidos pela Constituição Federal, especialmente nos artigos que tratam dos direitos à dignidade e ao devido processo legal. A alteração foi proposta pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e contou com o apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM), ambos preocupados com a imagem da classe médica diante da sociedade.

A mudança busca não apenas refletir a complexidade das situações enfrentadas pelos profissionais da saúde, mas também mitigar a estigmatização que estava associada à antiga nomenclatura. As entidades alegaram que o termo “erro médico” carregava uma conotação negativa desproporcional aos desafios enfrentados pelos médicos em suas práticas diárias.

Com essas modificações e os números crescentes de ações judiciais, observa-se um cenário que exige atenção tanto por parte das autoridades quanto da sociedade em geral sobre as questões que permeiam a segurança e a qualidade na assistência médica no Brasil.

Leia também Bolsa Família: Governo propõe corte de R$ 8 bilhões

BNT Vídeos

Quer receber as Newsletter BnT?

Cadastre-se e receba, um email exclusivo com as principais noticias produzidas pela equipe do Portal Boca no Trombone

google-news-banner Boca no Trombone
botao-grupo-whatsapp Boca no Trombone

Google News

Web Stories

Colisão frontal na BR-373 deixa homem ferido em Ponta Grossa Operação da PRF resulta em apreensão de 11,9 toneladas de drogas na fronteira Motorista se joga de caminhão em chamas para se salvar Previsão do tempo para quinta-feira (06/02) Alagamento na Avenida Dom Geraldo Pellanda em PG Previsão do tempo para terça-feira (28/01) Tentativa de roubo no Centro de PG