O deputado federal Aliel Machado (PV) falou ao Portal BNT, nesta sexta-feira (22), sobre o projeto que regulamenta o mercado de carbono no Brasil. A pauta é de relatoria do deputado ponta-grossense e seguiu para sanção presidencial nesta semana.
A proposta estipula um mercado regulado e um mercado voluntário de títulos representativos de emissão ou remoção de gases do efeito estufa. Empresas que mais poluem deverão seguir a meta de emissão, podendo usar esses títulos para compensá-la.
Aliel destacou, em entrevista ao jornalista Marcos Silva, que o assunto não é popular, mas que possui uma importância grande para o desenvolvimento do país. “Esse não é um assunto popular, mas técnico. Diversas lideranças destacaram que esse é um dos principais temas da agenda econômica e socioambiental do país e do mundo. Nós vemos diversas tragédias com impactos ambientais e tudo isso tem haver com as mudanças climáticas”, disse.
“O mercado de carbono tem a ideia de colocar um sistema para incentivar/obrigar indústrias a investirem em tecnologias que diminuam a emissão de carbono, que reduzem a poluição”, explica o parlamentar. De acordo com o projeto, o mercado regulado será implantado de forma gradativa ao longo de seis anos.
Além do regulatório, Aliel também destacou o mercado voluntário de crédito de carbono. Essa modalidade se caracteriza pela aquisição de créditos por parte de empresas, instituições e pessoas físicas que desejam estar alinhadas com a estratégia climática, de modo a minimizar os impactos do aquecimento global. “O Brasil tem uma grande oportunidade. Nós temos um terço das árvores do planeta, metade das florestas tropicais do mundo e isso vale dinheiro. É um projeto que terá um impacto gigantesco na economia brasileiro e no debate ambiental”.
Veja a conversa e entenda mais:
Leia também: Governo fará bloqueio de cerca de R$5 bilhões no orçamento, diz Haddad