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Babalorixá de PG esclarece sobre rituais em religiões de matriz africanas

Babalorixá de PG esclarece sobre rituais em religiões de matriz africanas Boca no Trombone Babalorixá de PG esclarece sobre rituais em religiões de matriz africanas
Reprodução
Após denúncia sobre gato supostamente sacrificado, babalorixá de Ponta Grossa explica rituais e defende religiões de matriz africana.
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O babalorixá de Ponta Grossa, Halisson Mocelin, se manifestou após uma denúncia feita por uma moradora do bairro Neves, que afirmou que seu gato de estimação teria sido utilizado em um ritual religioso. O caso repercutiu nas redes sociais e gerou polêmica sobre as práticas das religiões de matriz africana na cidade.

Em entrevista ao Portal BnT Online, Mocelin explicou que, assim como outras religiões, as de matriz africana possuem rituais de comunhão com as divindades, mas reforçou que não há sacrifício de gatos ou cachorros. “Você come gato? Eu não como. Então tem que acabar com isso. Nós vivemos sendo perseguidos por causa de coisas que as pessoas acham sem conhecer”, disse o sacerdote.

O líder religioso destacou que os rituais envolvem animais destinados ao abate, como galinhas, cabritos e bois, e que parte da carne é oferecida às divindades, enquanto o restante é consumido pelos adeptos. Ele reforçou que o objetivo é a comunhão espiritual e não o sofrimento animal.

Mocelin também criticou o preconceito e a desinformação que ainda cercam as religiões de matriz africana. “Ponta Grossa já tem muitos terreiros para ser uma cidade tão ignorante. Antes de apontar o dedo, pesquise, conheça. Não é o terreiro o culpado, é o descuido com os próprios animais”, afirmou.

Durante a entrevista, o babalorixá lembrou que o terreiro é um espaço de acolhimento espiritual e de ações sociais. Segundo ele, muitos templos realizam arrecadações de alimentos e produtos de higiene, além de festas beneficentes e atendimentos gratuitos à população. “O pai de santo era o médico do pobre. Curava com ervas, com banho, com conversa. Hoje, muitos têm vergonha de ir ao terreiro por causa do preconceito”, lamentou.

Halisson também destacou o papel cultural e histórico das religiões afro-brasileiras, citando a importância da diáspora africana na formação da cultura nacional. “A feijoada vem do terreiro, da comunhão com as divindades. O povo come mais coisa de terreiro em casa do que do próprio terreiro”, exemplificou.

Por fim, ele defendeu o respeito e o diálogo entre todas as crenças. “Nós não estamos batendo de porta em porta pregando nossa fé. Mas as nossas portas estão abertas para quem quiser conhecer. Vá ao terreiro, veja como é, aprenda. Isso não vai te fazer menos cristão, vai te tornar mais humano”, concluiu.

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🔗 Assista ao vídeo completo com a fala do babalorixá Halisson Mocelin no Portal BnT Online.

Leia também: Mulher diz que gato foi morto em ritual religioso no Costa Rica

About the author

Fabiano Blageski

Fabiano Blageski

Radialista em Ponta Grossa, atuou em rádios, TV e sites, com experiência no microfone e nos bastidores. Apaixonado por comunicação, entretenimento e notícias, também é promoter de eventos, assessor de imprensa, destacando-se pela versatilidade e busca constante por aprendizado.

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