Cerca de 700 candidatos selecionados nas fases iniciais do concurso público para reposição do quadro da Guarda Municipal de Ponta Grossa exigem um posicionamento da Prefeitura Municipal quanto a problemas no processo de seleção.
Isto porque o edital do concurso, cujas provas escritas foram realizadas no último dia 11 de dezembro, prevê a apresentação de um conjunto de exames toxicológicos que não são realizados por nenhum laboratório do Brasil. Além disso, o prazo para a entrega da documentação vence dentro dos próximos dias.
“Pelo que está escrito, a gente tem até o dia 31 de julho para entregar todos os documentos. Porém, não tem como fazer esse exame em nenhuma parte do Brasil. Nem no concurso da Polícia Federal é feita a exigência desse jeito. Além disso, tem todo o custo que a gente já teve, com outros exames, com consultas em especialistas. E até agora nada da Prefeitura”, comenta um dos candidatos, que preferiu não ser identificado.
Representantes de alguns laboratórios de análises clínicas de Ponta Grossa já entregaram parecer técnico ao Município informando a impossibilidade de atender ao referido edital. Uma das profissionais da área, ouvidas pelo Portal BnT Online, explica que os exames exigidos no edital têm por finalidade identificar a possível dependência de alguns medicamentos. “Porém, não é possível, tecnicamente, atender a esse pedido na forma que o edital exige”, completa ela.
Confira abaixo, o trecho do edital questionado pelos candidatos e pelas empresas do setor | Imagem: Reprodução do Edital
Em silêncio
O Portal Boca no Trombone entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Ponta Grossa para pedir um posicionamento do Município quanto aos problemas apontados pelos candidatos. Porém, até a publicação dessa reportagem, não houve resposta.
Já o vereador Julio Kuller, líder do governo municipal na Câmara de Vereadores, confirmou que a Prefeitura estuda a publicação de uma modificação no edital. Porém, para isso, a Secretaria de Administração e Recursos Humanos precisa recolher uma negativa, por parte de todos laboratórios clínicos que atuam em Ponta Grossa, sobre a possibilidade de realizar esse exame.
“Isso é necessário para fazer a modificação no edital, para que se tenha uma justificativa e se evite possíveis impugnações”, argumentou Julio Kuller.
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