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Cessar-fogo na Faixa de Gaza: Acordo Mediado pelos EUA, Egito e Qatar

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Donald Trump anunciou um cessar-fogo entre Israel e Hamas, prevendo a libertação de reféns e esperança para a crise em Gaza após intensas negociações.

Na última quarta-feira, 15 de novembro, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que um acordo de cessar-fogo inicial de seis semanas foi alcançado entre o governo de Israel e o grupo palestino Hamas. Este importante avanço diplomático foi resultado de intensas negociações mediadas por representantes dos EUA, Egito e Qatar, após diversas tentativas anteriores que não lograram êxito.

O novo acordo inclui a liberação de aproximadamente cem reféns que ainda permanecem sob custódia do Hamas, sendo que um terço destes já teve suas mortes confirmadas pelas forças armadas israelenses. A expectativa é que este cessar-fogo possa contribuir para a redução das tensões e a desescalada dos confrontos que afetaram não apenas a Faixa de Gaza, mas também regiões vizinhas, como o Irã e seus aliados, incluindo o Hezbollah no Líbano e os houthis no Iémen.

A implementação do cessar-fogo traz uma necessária esperança para os cerca de 2,3 milhões de palestinos que habitam Gaza e que enfrentam uma grave crise humanitária. Desde o ataque massivo realizado pelo Hamas em 7 de outubro, a situação na região se deteriorou rapidamente. O bloqueio imposto por Israel resultou em severas limitações ao fornecimento de ajuda humanitária, levando a uma alarmante escassez de água, alimentos, medicamentos e combustíveis, exacerbando problemas como fome e surtos de doenças.

Principais Acontecimentos do Conflito Israel-Hamas

  • 7.out.23: Mega-ataque do Hamas resulta na morte de aproximadamente 1.200 pessoas em Israel.
  • 21.out.23: Primeira entrada significativa de ajuda humanitária em Gaza após semanas de cerco.
  • 27.out.23: Início da invasão terrestre israelense em Gaza.
  • 13.nov.23: Repatriação de brasileiros e palestinos após um mês em situação crítica.
  • 24.nov a 1º.dez.23: Trégua temporária resulta na libertação de reféns em troca da soltura de prisioneiros palestinos.
  • 10.jan.24: Houthis realizam ataque significativo no mar Vermelho.
  • 29.dez.23: África do Sul acusa Israel de genocídio na Corte Internacional de Justiça.
  • 25.mar.24: Conselho de Segurança da ONU aprova resolução sobre a guerra pela primeira vez.
  • 7.mai.24: Exército israelense invade Rafah, último reduto palestino no sul da Faixa.
  • 31.jul.24: Morte do líder do Hamas em ataque aéreo atribuído a Israel.
  • 21.nov.24: Tribunal Penal Internacional emite mandados de prisão contra líderes israelenses e do Hamas.

A escalada dos confrontos teve início com um ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro, que surpreendeu as forças israelenses e resultou em um dos episódios mais sangrentos da história moderna da região. A resposta militar israelense foi rápida e devastadora, levando a um cerco total à Faixa de Gaza e gerando uma crise humanitária sem precedentes.

A contínua volatilidade no Oriente Médio reflete a complexidade das relações políticas e sociais envolvidas no conflito israelo-palestino. As consequências dessa guerra não são apenas locais; repercussões podem ser sentidas globalmente à medida que outros atores regionais se envolvem nas tensões existentes.

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