Uma aluna do quinto ano de uma escola localizada em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, fez uma grave denúncia de abuso sexual contra seu padrasto. A revelação foi realizada por meio de dois bilhetes entregues a policiais do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) durante uma aula, ocorrida no último dia 24.
De acordo com informações da Polícia Militar (PM), a criança decidiu se manifestar sobre as violências que vinha sofrendo em casa durante uma atividade conhecida como “caixinha do Proerd”, que tem como objetivo incentivar o diálogo e estabelecer confiança entre os alunos e os policiais.
Nos bilhetes, a estudante relatou situações alarmantes de violência e abuso sexual perpetradas pelo padrasto, que incluíam agressões físicas tanto a ela quanto à sua mãe, além do uso de drogas pelo agressor e tentativas de abuso em momentos em que a criança ficava sozinha com ele. A PM divulgou detalhes sobre o comportamento abusivo do suspeito, ressaltando a gravidade dos relatos.
Em conversas posteriores com uma instrutora do Proerd, a menina confirmou os abusos e revelou que já havia comunicado sua mãe sobre a situação. No entanto, até aquele momento, nenhuma ação efetiva havia sido tomada. O caso foi encaminhado à direção da escola e ao Conselho Tutelar, resultando no registro de um boletim de ocorrência referente ao crime.
Representantes do Conselho Tutelar visitaram a escola para avaliar a situação e iniciaram as medidas necessárias. Simultaneamente, o boletim de ocorrência e documentos pertinentes foram encaminhados à Polícia Civil de Campo Largo e ao Ministério Público, visando garantir a segurança da menor através da aplicação de uma medida protetiva que impedisse seu retorno ao lar onde reside o abusador.
A Polícia Militar também revelou que o padrasto já havia sido acusado de abusar de outra menor em 2022. A identidade do suspeito não foi divulgada e ainda não se sabe há quanto tempo a menina vinha sendo vítima desses abusos.
A Polícia Civil confirmou ter recebido a denúncia e instaurou um inquérito para investigar o caso. Até o momento, o homem permanece em liberdade. A reportagem apurou que a menina deixou de conviver com sua mãe e o padrasto desde a denúncia.
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