A deputada estadual Mabel Canto (PSDB), promoveu nesta sexta-feira, dia 22, um ato de combate ao feminicídio em Ponta Grossa. A manifestação aconteceu em frente à Escola Desafio, onde ocorreu a morte da professora Luciane Ávila após ter sido esfaqueada pelo ex-marido em 2019. A família de Luciane esteve presente, sendo representada pela mãe, Maria Cândida, pela irmã, Vera Lucia, e pelas sobrinhas, Luise e Susan.
[RELACIONADAS]Outra família que marcou presença foi a de Andreia de Lucca, 41 anos, que foi morta pelo namorado em 2014. Sua mãe, Regina de Lucca, e sua irmã, Soraya de Lucca, defenderam a importância de lutar contra o feminicídio. As famílias das duas ponta-grossenses mortas pelos companheiros se emocionaram e lembraram do quanto foi difícil perdê-las.
O ato iniciou às 13 horas, reunindo mulheres e homens que clamaram pelo fim da violência contra a mulher. O grupo fez orações para que Deus dê forças às mulheres que sofrem violência e para que as famílias que tiveram vítimas sejam consoladas, além de 1 minuto de silêncio em memória de todas àquelas que foram vítimas por serem mulheres.
Mabel, que tem levado a causa da defesa à mulher, mobilizou o ato buscando lembrar que a luta pela vida das mulheres é diária e deve ser abraçada por todos. “A violência contra a mulher tem atingido níveis alarmantes. O feminicídio é a forma mais cruel desta violência. Precisamos estar atentos e conscientizar nossa população de que todos devemos denunciar as agressões. Uma atitude pode salvar uma vida”, defendeu a deputada.
A vereadora Joce Canto (PSC) também participou do ato, onde ressaltou a “luta para zerar os índices das mortes de mulheres”.
Sobre a lei
A Lei Estadual nº 19.873/2019 estabelece o Dia de Combate ao Feminicídio no Paraná. A data também marca a memória da morte da advogada paranaense Tatiane Spitzner, assassinada em 2018 pelo marido. Dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública mostram que o Paraná teve, em média, um feminicídio a cada cinco dias no primeiro trimestre de 2022.