O Portal BNT Online recebeu uma grave denúncia de uma moradora de Castro-PR, que acusa a falta de atendimento adequado na unidade de saúde do distrito de Socavão e no Hospital Anna Fiorillo Menarim – Instituto Moriah de ter levado à morte de sua neta dentro do útero. A gestante, que estava com quase 41 semanas, enfrentou dificuldades para conseguir consultas no fim da gestação e, mesmo após procurar atendimento diversas vezes relatando que o bebê não se mexia, foi mandada para casa sem um diagnóstico preciso.
Segundo o relato da avó, o pré-natal foi realizado até o sétimo mês sem intercorrências, mas, nas últimas semanas da gestação, a gestante passou um mês sem conseguir consulta com a médica que acompanhava o caso. Nas últimas duas semanas, ao sentir que algo não estava bem, a mãe procurou atendimento três vezes no posto de saúde do Socavão, onde um enfermeiro apenas avaliou os batimentos do bebê e afirmou que era normal a falta de movimentos.
Na segunda-feira (18), a gestante passou mal durante a madrugada, apresentando vômito intenso. A família levou a jovem ao posto de saúde, onde, após insistência, ela foi avaliada e mandada para casa. Durante a noite, a avó decidiu levá-la ao Hospital Anna Fiorillo Menarim, onde a gestante foi atendida pelo médico de plantão. Ela pediu para que fosse feita uma cesariana, mas o médico recusou, alegando que só poderia induzir o parto com 41 semanas de gestação.
Mesmo retornando ao hospital conforme solicitado pelos médicos, apenas no terceiro dia de avaliação foi constatado que não havia mais batimentos fetais. Outro médico tentou escutar os batimentos, mas, não conseguir, e orientou que a família voltasse apenas na segunda-feira.
Desesperada, a avó entrou em contato com o médico Dr Matilvani Moreira , que também é Secretário Municipal de Saúde, que conseguiu uma ultrassonografia em Ponta Grossa. A família precisou pagar um táxi para realizar o exame e foi lá que confirmaram que o bebê já estava morto. Mesmo com o laudo em mãos, ao retornarem ao Hospital Moriah durante a madrugada, tiveram que esperar até as 8h da manhã para que a cesárea fosse realizada.
Outro ponto questionado pela família foi a certidão de óbito emitida pelo hospital. Segundo a avó, até o dia anterior a gestante estava com 40 semanas, mas no documento constava 38 semanas. “Não é esse o problema, o problema é que minha neta morreu por falta de atendimento correto no posto do Socavão e aqui no hospital”, desabafou a avó revoltada.
A família exige explicações sobre a demora no atendimento, a negativa para a cesariana e a falta de exames para avaliar o estado do bebê quando a gestante ainda estava viva. O Portal BNT Online entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Castro e com a Prefeitura para solicitar um posicionamento sobre o caso e aguarda resposta.
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