O dirigente nacional da Frente Nacional de Luta Campo e
Cidade (FNL), Leandro, questionou a ação das Forças de Segurança de
Ponta Grossa em mandar um efetivo tão grande para proteger o terreno que estava
sendo ocupado pelo grupo e não dar a mesma importância para a onda de execuções
que vem ocorrendo na cidade, durante a live que foi realizada pelo BnT na tarde
de hoje (11).
Equipes da Polícia Militar e da Guarda Municipal de Ponta
Grossa participam, nesta sexta-feira, de uma grande operação montada para
evitar uma nova invasão de famílias sem moradia em terreno público localizado
no Jardim Ponta-grosssense.
“Eles [Forças de Segurança] estão passando um recado muito
claro para a sociedade que eles não estão interessados na onda de execuções que
está havendo em Ponta Grossa, por que se eles mobilizassem este efetivo, eles
têm condições de fazer pente fino e achar as lideranças dessas execuções. Para
eles não importa a criminalidade, o que importa é proteger o mato, proteger terreno
que faz parte de maracutaia da Prefeitura, construtora e Cohapar para o meio.
Então este é o intuito das forças de segurança. Eles não estão nem aí com a sua
segurança, eles estão aí para cuidar dos podres da burguesia de Ponta Grossa”,
argumentou Leandro.
A movimentação popular organizada pela FNL, tem a
participação de aproximadamente 60 famílias. O grupo chegou a ocupar há área há
uma semana. Porém, em outra operação realizada pelo 4º Comando Regional da
Polícia Militar (4 CRPM), com a participação de policiais de Curitiba, a ocupação
foi desmantelada.
A direção da FNL alega que a operação da PM foi
irregular e autoritária, já que não havia um mandato de reintegração de posse
expedido pela Justiça.
Entramos em contato com o 4º Comando Regional da Polícia
Militar o qual disse que “as informações serão repassadas pelo 4° CRPM,
conforme informado”. Entramos em contato com Guarda Municipal, mas não tivemos
resposta até agora.
