O principal templo da Assembleia de Deus de Ponta Grossa se
transformou, nesta terça-feira (28) em cenário de agressões, protestos, tumulto
e também o lugar no qual foi realizada a assembleia geral que definiu o nome do
novo pastor presidente Perci Fontoura, que é presidente da Assembleia de Deus no Paraná, passa a responder – também – pelas igrejas da
congregação na cidade e em mais cinco municípios dos Campos Gerais.
Centenas de fiéis não tiveram autorização para entrar no
templo e participar do processo de homologação do nome de Perci Fontoura, que
vai substituir José Polini, afastado do cargo por ser alvo de denúncias de
desvio de recursos e assédio sexual contra a própria sobrinha.
Entre os fiéis barrados estava a senhora Josélia Camargo, 59
anos, dizimista da Assembleia de Deus há 39 anos. “Este templo enorme e, inclusive,
o dinheiro usado para pagar os seguranças que nos barraram vem do dízimo dos irmãos.
É um absurdo o que estão fazendo. Estão brincando com as coisas de Deus”,
comentou ela.
Apenas 700 membros teriam autorização para entrar no templo e
participar da homologação da nova direção da igreja. A limitação, segundo o departamento
jurídico, foi imposta para atender as regras impostas pela Prefeitura para
controle de aglomeração em meio à pandemia.
Entre os escolhidos para assistir à homologação, mais de 200
pastores vindos de outras cidades do Paraná. Este grupo e parte dos fiéis da
Assembleia em Ponta Grossa se transformou na maioria necessária para aclamar
Perci Fontoura ao cargo de novo pastor presidente.
Justiça dos homens
Um grupo de fiéis ingressou com pedido de liminar na Justiça
de Ponta Grossa para impedir a homologação do nome de Perci Fontora. A juíza Franciele
Narciza Lima, indeferiu o pedido. Porém, determinou o prazo de 15 dias para que
fosse apresentado o estatuto da igreja e detalhes do processo de homologação.