A presidente da Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa (FASPG), Tatyana Belo, concedeu entrevista ao BNT News nesta segunda-feira (13) para explicar o novo formato do Mercado da Família, programa municipal que passou por uma reestruturação para facilitar o acesso de famílias em situação de vulnerabilidade e fortalecer a economia dos bairros.
“É um prazer estar aqui divulgando um pouquinho das novidades do novo formato do Mercado da Família, que está sendo sucesso”, afirmou Tatiane.
Segundo ela, a mudança foi resultado de uma força-tarefa entre várias secretarias, com o objetivo de aproximar o benefício das famílias atendidas pelos CRAS e valorizar o comércio local.
“A gente uniu forças de várias secretarias para pensar num novo formato que facilitasse o acesso da população que utiliza o serviço do CRAS, o auxílio alimentação. A gente fez essa força-tarefa de fomentar a economia local, credenciando estabelecimentos para que facilitasse o acesso da família e também fomentasse a economia lá no bairro”, explicou.
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Novo formato com cartão PG+Humana
Na nova fase, o programa utiliza o cartão PG+Humana, que substitui as antigas unidades fixas do Mercado da Família. As famílias recebem o benefício no valor de R$ 227,70 mensais, creditados no cartão, que pode ser usado como função débito nos mercados credenciados.
“Hoje é R$ 227,70, porque é um valor específico em decreto, com aproximadamente 15% do valor do salário mínimo. Se o salário mínimo aumentar, o valor do benefício também aumenta”, destacou.
A presidente reforçou que o benefício é temporário e eventual, e que as famílias são acompanhadas por assistentes sociais e psicólogas dos CRAS para superar a situação de vulnerabilidade.
“Esse cartão é um benefício temporário, e a gente precisa ter o acompanhamento com a família para que ela supere essas situações e não precise mais do cartão. Assim, a gente pode passar para outra família também”, explicou.
Credenciamento segue aberto para novos comércios
Tatiane ressaltou que o credenciamento de mercados e mercearias está aberto, com apoio técnico da Agência de Inovação e Desenvolvimento, que auxilia na documentação e visita os estabelecimentos diretamente nos bairros.
“Quem tem interesse procura a prefeitura. A gente tem no site da prefeitura o link de credenciamento, mas também vamos in loco procurar os estabelecimentos que têm potencial, principalmente nas áreas mais vulneráveis, onde o CRAS atua”, afirmou.
Segundo ela, o novo modelo descentraliza o acesso ao benefício, permitindo que as famílias comprem perto de casa, com autonomia para pesquisar preços e promoções.
“Antes o Mercado da Família ofertava três unidades só, no Centro, no Parque Nossa Senhora das Graças e no Santa Paula. Agora, por exemplo, o Mariana Atacadista, pertinho do Costa Rica, é um ponto do programa, e as famílias podem escolher onde comprar e aproveitar as ofertas”, explicou.
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Famílias e comerciantes aprovam o novo modelo
Com cerca de um mês de funcionamento, Tatiane afirmou que o feedback tem sido positivo tanto das famílias quanto dos comerciantes locais.
“Já temos feedback, inclusive acompanhamos algumas famílias nos mercados. O retorno está sendo muito positivo, principalmente pela facilidade de acesso e pela autonomia das famílias. Os comerciantes também estão satisfeitos, porque aumentou o movimento nos mercados dos bairros”, destacou.
Ela citou o exemplo do bairro Cará-Cará, onde o comércio local relatou aumento nas vendas e melhoria na vida das famílias beneficiadas.
“O próprio comerciante falou: ‘aqui aumentou minhas vendas’. E o usuário disse: ‘ficou tão mais fácil, antes eu tinha que ir ao centro e às vezes não tinha dinheiro para o ônibus, agora está do lado da minha casa’. Esse programa só tem a crescer e a ganhar para o município”, completou.
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Importância do CRAS como referência
Encerrando a entrevista, Tatiane Belo reforçou a importância de as famílias manterem contato com o CRAS de referência para buscar apoio e acesso a outros programas sociais.
“O CRAS não serve só para o programa do Mercado da Família ou o cartão PG+Humana. Ele serve de acesso para outros programas sociais e para todas as questões de vulnerabilidade socioeconômica e social. É importante ter essa referência no território para superar a vulnerabilidade que a pessoa está passando”, afirmou.
“A ideia é desenvolver de forma local o desenvolvimento social e econômico do nosso município. A nossa economia está pujante e a gente precisa que as pessoas entendam esse processo para que auxiliem no desenvolvimento social da nossa cidade”, concluiu.



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