No dia 06 de setembro, um professor de educação física de uma escola municipal em Ponta Grossa foi agredido por um pai dentro da sala da diretora. De acordo com a família que buscou o Portal BnT para relatar a sua versão do caso, o incidente ocorreu após uma discussão sobre o tratamento dado à filha durante uma aula. A Guarda Municipal foi acionada e o caso foi levado à delegacia.
De acordo com a família, o problema começou na quinta-feira (05), quando a filha, de 7 anos, relatou um episódio ocorrido durante a aula de educação física. A criança contou que pediu ao professor para sair e tomar água, e após retornar à quadra, foi impedida de participar da aula. O professor teria dito que a aluna estava “gazeando” a aula e a deixou do lado de fora da quadra, chorando, até o final da atividade. Segundo o relato da família, o professor ainda afirmou que, por causa dela, os outros alunos não teriam mais aulas de educação física.
Preocupada, a mãe da aluna entrou em contato com a diretora da escola, que não estava ciente do ocorrido. A diretora pediu que a família fosse até a escola no dia seguinte para esclarecer os fatos. Durante a reunião na sexta-feira (06), a diretora ouviu os pais e registrou o relato em ata. Em seguida, o professor foi chamado para dar sua versão.
De acordo com a família, o professor admitiu ter impedido a aluna de voltar à aula, alegando que ela estava tumultuando a atividade. O pai da aluna, insatisfeito com a resposta, afirmou que, se a situação não fosse resolvida, ele procuraria seus direitos. Nesse momento, o professor teria chamado o pai de “bandido”, o que gerou a agressão.
A briga foi contida por outras pessoas presentes na sala, e o professor, ainda exaltado, teria gritado insultos, incluindo uma declaração sobre sua orientação sexual e ofensas à religião dos pais da aluna. A Guarda Municipal foi chamada através do botão de pânico da escola, e as partes foram orientadas a comparecer na delegacia para registrar o boletim de ocorrência.
Os pais da aluna afirmam que a criança tem apresentado dificuldades para dormir e medo de retornar à escola após o incidente. A família também registrou uma reclamação na Ouvidoria da Secretaria Municipal e aguarda uma solução para o caso.
A Secretaria Municipal de Educação acompanha o caso e afirma, ainda, que repudia veementemente qualquer agressão direcionada aos seus profissionais e afirma que todo e qualquer conflito deve ser dissolvido por meio do diálogo, da cooperação e da humanização.