Os Hospitais Universitários da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HUs-UEPG) vão melhorar ainda mais o cuidado com os seus pacientes. Isso porque o Rotary Clube Lagoa Dourada fez a doação de um equipamento de uso inédito na região dos Campos Gerais para o tratamento de feridas.
De acordo com a diretora-geral dos HUs, professora Fabiana Postiglioni Mansani, a parceria com o curso de Enfermagem da UEPG possibilitou mais essa conquista para o melhor atendimento dos pacientes. “Essa inovação envolve técnica, equipamentos e insumos os quais foram doados pelo Rotary. Destacamos o trabalho das professoras Ana Luzia e Sandra, que através de um projeto estão capacitando os profissionais para que tenhamos mais qualidade e segurança no atendimento dos pacientes. Os HUs sempre na vanguarda, trabalho sério para o SUS”, destaca Fabiana.
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Para a coordenadora do curso de Enfermagem da UEPG, professora Sandra Maria Bastos Pires, a solicitação ao Rotary foi feita para elevar o nível de ação no cuidado com pessoas que precisam realizar tratamento de feridas por meio do projeto de extensão “Ensinando e Aprendendo com as Feridas”. “Recebemos um laser de baixa potência com caneta, um equipamento de terapia por pressão negativa e kits de curativo Avelle para serem utilizados em feridas, oportunizando a cicatrização em um tempo significativamente menor que o sistema tradicional”, afirma Sandra.
“O projeto é desenvolvido no HU às quintas-feiras, atendendo pessoas com úlceras vasculogênicas, que são ulcerações da pele e estruturas adjacentes das baixas extremidades”, explica a coordenadora do projeto e do curso de Enfermagem da UEPG. Segundo a professora, cerca de 90% dos casos são desenvolvidos por insuficiência venosa, 5% ocorrem pela doença arterial, e os 5% restantes por outras causas. São atendidas pessoas da região dos Campos Gerais encaminhadas das unidades de saúde para o ambulatório de angiologia. “O cuidado com estas feridas tem a finalidade de minimizar o sofrimento das pessoas acometidas com estas lesões, pois inúmeras vezes elas são mal cheirosas, os impossibilitando de atividade de lazer, de uma vida sexual ativa devido à vergonha, enfim, são pessoas que se mantêm isoladas”, finaliza.
Por ser um tratamento inédito na região, foi necessário a capacitação e instrumentalização de enfermeiros e médicos que atuam no ambulatório de atendimento, além de residentes e acadêmicos que atuam no Hospital Universitário. A ação contou com a participação de mais de 50 pessoas, que verificaram na prática o melhor uso dos aparelhos e curativos no tratamento de feridas.