O presidente do Instituto de Planejamento Urbano de Ponta Grossa (Iplan), Rafael Mansani, participou nesta terça-feira (9) de entrevista ao BnT News, transmitida ao vivo do estúdio 2 do Portal Boca no Trombone. Durante a conversa, ele apresentou detalhes sobre o manual das calçadas, documento que padroniza construções e reformas de passeios públicos no município.
“Então vamos lá, Marcos. Primeiro, o diagnóstico realizado para conseguir se montar este manual, né? Já é um trabalho que nós estamos envolvendo desde o ano passado, quando nós assumimos o Iplan, isso faz parte também de uma solicitação feito pelo Tribunal de Contas. Então é um trabalho que está sendo desenvolvido e foi apresentado já é com uma montagem feita através de um diagnóstico. Então nós fizemos o levantamento em toda a cidade”, explicou.
Apenas 15% das calçadas estão em boas condições
Segundo Mansani, o levantamento mostrou que apenas uma pequena parte da malha de calçadas da cidade está adequada.
“A informação que eu tenho é que apenas 15% das calçadas de Ponta Grossa são consideradas boas. É muito pouco, não é não, Rafael? Pela quantidade e amplitude do nosso município é pouca, né? Nós temos que nos adaptar rapidamente, né? Para garantir o direito do cidadão de ir e vir com qualidade.”
O manual, segundo ele, valerá tanto para obras públicas quanto privadas, garantindo acessibilidade e padronização.
“Quando é feito uma pavimentação ou um recado em cima de um pavimento já realizado, faz parte dessa pavimentação a recomposição ou a construção da calçada. E o passeio assim feito pelo poder público já vai fazer será feito de acordo com o manual.”
Responsabilidade do proprietário
Durante a entrevista, Mansani destacou que a manutenção das calçadas é responsabilidade dos donos dos imóveis.
“A calçada faz parte do imóvel que está em sua frente. Portanto? Então ele tem ali uma faz parte e de responsabilidade do proprietário. Pronto.”
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Ele reforçou que o manual virá acompanhado de um decreto, com força de lei.
“Será feito um decreto, né, que tem força de lei nos próximos dias para que o poder público possa cobrar das obras que estarão sendo feitas, iniciadas ou reformas para que as calçadas atendam e cumpram o que tá estabelecido no manual.”
Acessibilidade e mobilidade urbana
Mansani também ressaltou que o manual é essencial para a acessibilidade.
“No passeio, a gente prevê acessibilidade, é, o piso podotático, aquela marcaçãozinha ali para que o deficiente audiovisual possa, né, fazer a sua locomoção com segurança. Também visualiza a parte de permeabilidade, que é aquela graminha ali do lado e a área de serviços, né? Que que são os postes, que aí muitas calçadas de nossa cidade, às vezes tem o poste bem no meio ali, né, da calçada que dificulta ali, não tem a largura mínima por a, por exemplo, um cadeirante passar.”
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Na avaliação do presidente do Iplan, o impacto será direto na vida da população.
“Esse manual ele traz uma e fornecerá uma linearidade no seu passeio. Então ele, a partir do momento que ele ingressa, que ele sobe na calçada, ele tem a segurança de transitar todo aquele período, todo aquele comprimento de uma só maneira, sem que ele precisa estar pisando em calçadas diferentes e com isso ali perdendo o equilíbrio ou tendo a sua mobilidade reduzida.”
Denúncias e fiscalização
Mansani orientou os moradores sobre como denunciar calçadas em más condições.
“As pessoas podem, através do site da prefeitura, tem um número ali de WhatsApp. Tem o telefone da prefeitura e também tem o protocolo que é chamado Oxi Cidadão. Ele pode entrar lá sem se fazer o login para se identificar e ali escrever o endereço e fazer um pequeno relato do que tá acontecendo e logo em seguida vai um fiscal da prefeitura fazer o seu levantamento.”
Ele encerrou destacando que a iniciativa busca preparar a cidade para o futuro:
“Obrigado mais uma vez pela parceria e pela oportunidade de estar aqui, né, trazendo o trabalho do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano na gestão da prefeita Elizabeth, que tem pensado, né, em deixar uma cidade com maior mobilidade, preparada para o futuro e com inclusão social.”



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