O Tribunal do Júri de Ponta Grossa condenou na quinta-feira (13) o casal Samuel de Jesus da Silva e Renata Fernandes Quadros Borges responsáveis pela morte do jovem autista Rômulo Luiz Fernandes Borges de 19 anos ocorrida em fevereiro de 2022. As investigações apontaram que o rapaz, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) era vítima de maus-tratos. O julgamento durou mais de 15 horas.
O jovem foi encontrado morto em sua casa no dia 18 de fevereiro de 2022 vítima de diversos golpes. De acordo com as apurações da autoridade policial, o casal mantinha o jovem em cárcere privado em um banheiro da residência adaptado para funcionar como quarto, tendo sido amordaçado e submetido a castigos físicos e mentais com emprego de violência. Antes da chegada da perícia à residência, os réus teriam alterado a cena do crime, na tentativa de esconder a autoria do delito.
O padrasto do menino foi condenado a 23 anos e 4 meses de reclusão pelos crimes de tortura, cárcere privado, fraude processual e homicídio qualificado (por uso de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), uma vez que ficou demonstrado que ele que estava com o jovem no momento de sua morte. Já a mãe da vítima foi condenada por cárcere privado e fraude processual, com pena fixada em três anos e dois meses de reclusão, com possibilidade de responder em liberdade.
A 10ª Promotoria de Justiça de Ponta Grossa, responsável pela denúncia e que atuou na sessão de julgamento, recorrerá da sentença na tentativa de aumentar as penas fixadas.
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