O presidente Luis Inácio Lula da Silva, juntamente com a presidente do STF (Rosa Weber) e do Congresso (Rodrigo Pacheco), reuniu nesta segunda (09), os 27 governadores para falar sobre os atentados às sedes dos Três Poderes ocorrida no dia de ontem em Brasília.
A reunião, de cerca de 1h30, foi marcada por falas de diversos governadores à respeito dos atos de vandalismo acontecidos. Todos os 27 governadores compareceram à reunião, exceto Mauro Mendes (União), do Mato Grosso, que tirou férias e enviou o vice Otaviano Pivetta para representa-lo.
Os governadores reafirmaram que “estão do lado da democracia” e não tolerarão atitudes consideradas “golpistas”. O mandatário de São Paulo e ex-ministro de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (REP), disse na reunião que “o Brasil construiu a sua democracia à duras penas e que, depois dos ataques de ontem, ela se consolidará ainda mais forte”.
A governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), que assumiu após o afastamento de Ibaneis Rocha, defendeu o governador, dizendo que ele recebeu informações equivocadas: “Todas as informações recebidas pelo governador foram equivocadas e a investigação provará isto”. Já o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB) afirmou que o que foi visto ontem não foi uma manifestação política e sim “um terrorismo, um ato frontal à democracia e uma tentativa de golpe de Estado”.
O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), chegou na reunião perto do fim e não deu nenhuma declaração pública. O presidente Lula afirmou que irá trabalhar com todos os 27 mandatários, independente do partido, e pediu à cooperação dos mesmos.
Após a reunião, Lula desceu a rampa do Planalto seguido dos governadores e atravessou à Praça dos Poderes para mostrar a destruição do Supremo Tribunal Federal.