Uma moradora do bairro Uvaranas, em Ponta Grossa, entrou em contato com uma equipe de jornalismo do Portal Boca no Tromboe (BNT) para relatar dúvidas sobre o processo de matrícula escolar de sua filha. A mãe, que mora na Rua Teixeira Mendes, afirmou que tentou matricular a filha no Colégio Agrícola Augusto Ribas (CAAR), instituição mais próxima de sua residência, mas a matrícula foi direcionada automaticamente para o Colégio Estadual Prof. João Ricardo Von Borell du Vernay.
Segundo o relato, a mãe justificou a escolha por CAAR devido à proximidade e à falta de condições para arcar com o transporte até o outro colégio. “A minha filha tem 11 anos e, devido à lei, a criança tem que estudar mais próximo de casa. O colégio mais próximo de casa não é o Borell, onde ela foi matriculada, mas sim o CAAR”, disse. Ela destacou ainda que, ao realizar o pedido de mudança pelo site, selecionou o CAAR como preferência, mas a solicitação não foi atendida. A mãe também questionou os parâmetros utilizados para a alocação de vagas: “Gostaria de entender o motivo, pois tem pessoas que moram longe e oferecem vaga no CAAR. Eu conheço pessoas que moram bem mais longe e estudam lá”, indagou a mãe.
Posicionamento do Núcleo Regional de Educação
Em resposta à solicitação da equipe de reportagem, o Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa esclareceu que, nos colégios agrícolas da rede estadual, como o CAAR, o processo de matrícula não segue o fluxo de georreferenciamento adotado em outras instituições. Segundo o órgão, é necessário participar de um processo específico, no qual os estudantes são classificados de acordo com o desempenho alcançado. As vagas disponíveis são preenchidas pelos melhores classificados, e os demais ficam na lista de espera.
Ainda conforme o Núcleo, quando o estudante não consegue a vaga no colégio agrícola desejado, ele é encaminhado para outra instituição próxima à sua residência, desde que haja disponibilidade de vaga.
Sobre o transporte, o Núcleo ressaltou que o serviço escolar público é garantido para alunos que residem a uma distância igual ou superior a dois quilômetros da escola onde estão matriculados. Exceções podem ser feitas para casos que envolvam risco no trajeto, dificuldade de locomoção ou outras justificativas específicas.
A equipe de jornalismo também entrou em contato com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) a fim de compreender os detalhes sobre os processos de ingresso, e estamos aguardando um retorno. Assim que possível, atualizaremos a matéria.
Leia também: Atraso na entrega de casas gera prejuízos para moradores de PG.