Uma criança de 6 anos morreu após sofrer uma reação rara a um medicamento, em Ponta Grossa. Conforme a mãe da criança, Ana Paula dos Santos Pasturchak, a situação teve início no dia 17 de abril, quando a menina apresentou manchas no corpo e foi levada para atendimento no Centro de Atendimento à Criança (CAC). Inicialmente, o diagnóstico foi de síndrome mão-pé-boca. O quadro evoluiu rapidamente nos dias seguintes, resultando em internação hospitalar e, posteriormente, em óbito.
Ainda segundo relato da mãe, a criança fazia tratamento para convulsão e já utilizava um medicamento. Após apresentar duas crises no mês de março, a menina passou por consulta com neurologista pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 4 de abril, ocasião em que a médica aumentou a dose do remédio anterior e prescreveu a Lamotrigina como reforço no tratamento.
No dia 17 de abril, surgiram pequenas manchas no corpo da criança, levando a mãe a procurar atendimento no CAC, onde a condição foi novamente interpretada como mão-pé-boca. No sábado (19), com o agravamento dos sintomas, a criança retornou ao CAC, recebendo uma injeção antialérgica. No domingo (20), a menina acordou inchada, com dificuldade para respirar, sendo imediatamente levada ao Hospital da Criança, onde foi internada com suspeita de infecção.
A confirmação do diagnóstico de Síndrome de Stevens-Johnson foi feita na segunda-feira (21). Devido à gravidade do quadro, a criança foi transferida de ambulância para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica em Campo Largo. Apesar dos esforços médicos, ela foi entubada e permaneceu em estado grave até a madrugada do dia 25 de abril, quando faleceu.
A causa da morte, segundo a certidão de óbito, foi a Síndrome de Stevens-Johnson. Rafaela foi sepultada no Parque Jardim Paraíso. Por fim, a mãe da vítima afirma que não foi alertada sobre os riscos potenciais da lamotrigina, um medicamento que, embora eficaz no controle de crises convulsivas, pode causar reações severas em casos raros.
Ela enfatizou ainda a importância de alertar outros pais sobre possíveis efeitos colaterais graves, já que, em seu caso, nem a farmácia, nem os profissionais de saúde teriam orientado adequadamente sobre os perigos. O Portal BnTOnline entrará em contato com a equipe responsável pelo atendimento da criança para obter um esclarecimento oficial sobre o caso.
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