A situação da Rua Mendes Timóteo, no bairro Ronda, em Ponta Grossa, vem causando revolta entre moradores. Apesar de ruas próximas, como a Nestor Víctor, já terem recebido obras de pavimentação, o trecho de menos de 100 metros onde vive a moradora Cirlei Rodrigues segue sem asfalto.
Segundo Cirlei, que reside no local há 13 anos, a obra realizada de forma parcial agravou os problemas. “Quando chove forte, a água invade as casas, o arroio transborda e não temos para onde escoar”, contou. A rua, por ser plana, acaba acumulando ainda mais água, e com a pavimentação apenas em parte, o nível ficou abaixo das casas, ampliando os alagamentos.
Alagamentos e danos em residências
Além da falta de pavimentação, a comunidade relata alagamentos frequentes e prejuízos diretos. As paredes da residência de Cirlei estão úmidas e mofadas, com destaque para o quarto da filha adolescente, onde o mofo se espalhou. Móveis já foram perdidos em enchentes, e o mau cheiro aumenta nos dias de chuva.
A moradora afirma ainda que os alagamentos impedem até mesmo melhorias no lar. “São alguns anos de sofrimento. Não dá para trocar os móveis da casa, pois quando chove entra água e perdemos tudo”, relatou.
“Esse vídeo foi depois de uma tempestade de granizo e chuva forte. É um exemplo do que a gente passa morando aqui”, disse Cirlei, ao compartilhar registros da situação.
Limpeza mal executada do arroio
No fim de 2024, a Prefeitura realizou a limpeza do arroio que passa atrás da casa da moradora, mas a intervenção trouxe novos problemas. “A máquina derrubou meu muro e até hoje não reconstruíram. Também deixaram o lixo retirado do arroio acumulado no entorno”, afirmou.
De acordo com os moradores, a falta de manutenção do arroio após gestões anteriores contribuiu para intensificar as inundações.
Shopping ao lado contrasta com abandono
Outro ponto levantado pela comunidade é a proximidade com o futuro Shopping Plaza Campos Gerais, em construção na região da Visconde de Taunay. “Achei que com o shopping o problema seria resolvido, mas não aconteceu nada”, lamentou Cirlei.
Erro de cálculo no projeto e incertezas
A denúncia também envolve informações repassadas por vereadores e assessores políticos. Segundo a moradora, houve um erro de cálculo no projeto original da pavimentação, que fez com que o asfalto fosse interrompido no meio da rua. Para que a obra seja concluída, seria necessário um novo orçamento.
Enquanto aguardam solução, moradores do Ronda seguem enfrentando enchentes, prejuízos materiais e insegurança. O Portal Boca no Trombone Online solicitou um posicionamento à Prefeitura de Ponta Grossa, mas até o fechamento desta edição não houve resposta.
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