Brasil

Morre em SP mulher que tomou “pílula emagrecedora”

Edmara Abreu tinha 42 anos e primeira
versão foi de que produto era um chá. Na verdade, as ervas vinham em cápsulas e
acabaram provocando uma hepatite fulminante. Nem mesmo o transplante adiantou. Edmara de Abreu, de
42, morreu após ingerir cápsulas de emagrecimento sem registro na Anvisa
(Redes sociais)

A família de Edmara de Abreu confirmou a morte, na
quinta-feira (3), da enfermeira de 42 anos que virou notícia em
todo o Brasil depois de sofrer uma falência hepática fulminante decorrente do consumo
de cápsulas supostamente emagrecedoras compostas por ervas
. Ela foi
internada com uma grave hepatite nos primeiros dias do
ano, perdeu o fígado dias depois, chegou a ser submetida a
um transplante de emergência, mas seu organismo rejeitou
novo órgão
.

A primeira versão sobre o ocorrido dava conta de que Edmara teria tomado
um chá para emagrecer. Familiares entregaram o frasco do
produto comprado pela internet aos médicos, que afirmaram que
entre as substâncias contidas existiam plantas tóxicas. Mais tarde,
a informação sobre o chá foi corrigida. Na verdade, o
intitulado “50 Ervas Emagrecedor”, fabricado pela “Pro
Ervas”
, se apresentava em cápsulas, que deveriam ser tomadas
antes das refeições, conforme orientação do rótulo contido no
pequeno frasco branco. O produto não tem registro na Anvisa e,
segundo especialistas, não tem qualquer função para quem quer
perder peso.

Internada desde 20 de janeiro na UTI do Hospital das Clínicas de
São Paulo
, em estado de coma, a enfermeira foi submetida a transplante de
fígado no final daquele mês, mas por conta da rejeição ao
procedimento precisou voltar para a fila de pacientes em
espera por um órgão, em condições críticas. Ela não resistiu até
uma nova cirurgia.

O que diz o rótulo
do “Pro Ervas”

Imagens do rótulo divulgadas na internet pela médica-cirurgiã do
aparelho digestivo e especialista em transplantes de fígado Liliana
Ducatti Lopes
 mostram que o dito “emagrecedor” supostamente composto
por 50 ervas, na verdade, era feito com 45 insumos diferentes. Não
se sabe se todos esses componentes de fato estavam nas
cápsulas vendidas sem registro pela internet, ou ainda se alguma outra
substância
 foi omitida na etiqueta dos frascos.

Componentes
informados no rótulo são abacateiro, chá verde, chapéu de couro,
jambolão, cavalinha, melissa, douradinha, salsa parrilha, erva de bugre,
carobinha, sene, dente de leão, funcho, cidreira, sete sangrias, hibisco,
graviola, boldo do Chile, jurubeba, angélica, pau ferro, cajueiro, centelha
asiática, alcachofra, malva branca, porangaba, velame, juá, sucupira, ipê roxo,
jatobá, colágeno, espirulina, glucomonon, chá vermelho, valeriana, bugroon, chá
branco, ciarella, berinjela, agar agar, garcínia, castanha da índia, capim
santo 
e vinagre de maçã.


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