A morte de 27 cães ocorridas no Centro de Referência de Animais em Risco (CRAR), está provocando preocupações. Segundo a responsável técnica do canil do CRAR, Renata Madureira, está havendo um surto de Cinomose. Segundo ela, na contagem de óbitos contabilizados até 27 de janeiro, foram computados 61 óbitos. Desse total, 27 cachorros tiveram o diagnóstico clínico compatível com Cinomose. Acrescenta Renata Madureira que, dos óbitos, cinco eram cães adultos e 22, filhotes. Há, atualmente 25 animais doentes apresentando sinais clínicos severos sugestivos de Cinomose.
Cinomose
A técnica explica que a Cinomose é uma virose que afeta o sistema digestivo, provocando enterite, pneumonia e encefalite. Os animas acometidos eliminar o vírus pela urina, fezes e secreções respiratórias.
O tratamento comumente utilizado ´e baseado em conter a infecção secundária em vias digestivas e respiratória. A limpeza do local desses animais deve ser realizada constantemente, para conter a disseminação do vírus. Os doentes devem ser isolados dos animais sadios.
Lotação
Renata Madureira ressalta que o canil trabalha com a lotação acima do seu limite, com falta de medicações utilizadas para o tratamento da Cinomose, como amoxicilina com clavulanato, metronidazol, vermífugos e probióticos.
Adicionalmente, continua a técnica, há falta de vacina para a prevenção desde o mês de dezembro de 2022.
Falha na limpeza e alimentação
Renata Madureira denuncia que no dia 27 de janeiro do corrente, os dois zeladores que trabalham no CRAS não realizaram a limpeza e não alimentaram os animais.
Maus tratos
A avaliação técnica da avaliação conclui que manter os cães no canil doentes sem acesso à medicação e limpeza adequadas é compatível como uma forma grave de maus tratos.
Explicação
O Boca no Trombone encaminhou pedido de informações à Prefeitura Municipal, que prontamente respondeu:
A Secretaria de Meio Ambiente informa que houve um surto na cidade e que acabou acometendo os animais de rua, sejam os abrigados pelas ongs, como também os pelo CRAR.
Além disso, este surto fez com que o CRAR acabasse recebendo em maior número muitos dos animais que iriam para clínicas.
Contudo, o surto já foi controlado, a partir de medidas de higiene e isolamento.