Fala galera do Portal Boca no Trombone! Aqui estamos nós novamente para interagir com vocês e escrever mais uma coluna. E como não poderia deixar de ser, o assunto será aquilo que é a data principal de dezembro e, por que não dizer, a mais aguardada do ano. Pelo menos foi um dia, não é mesmo?
Vamos falar de NATAL, e caso a inspiração continue, escreveremos novamente uma com esta temática na semana que vem também. Sem mais delongas, descreverei com veracidade dos fatos e sem nenhuma ficção, um dos meus natais inesquecíveis de todos os tempos. Espero que viajem junto no tempo comigo.
NATAL DE 1986
Os anos 80 eram incríveis mesmo, muito loucos, ou loucamente incríveis como queiram. Eu era apenas um piá de 9 anos, mas me lembro com clareza de muitos fatos. Tenho na minha memória e retina guardadas a passagem do cometa Halley, que diziam que era apenas de 76 em 76 anos. Também foi neste ano que comecei a gostar e acompanhar futebol, principalmente no que diz respeito à seleção brasileira.
Lembro de lances da copa do mundo e de todos os jogos. E sim, lembro também da derrota para a França nos pênaltis e da Argentina campeã com um tal de Maradona destruindo todas as defesas que ousavam enfrentá-lo. E eu não sei se é porque eu era criança, mas a impressão que tenho é de que o futebol era muito melhor e também mais emocionante. Mas vamos lá, vamos avançar no tempo e chegar no mês de dezembro de 1986.
Os natais da minha família antigamente eram realizados na casa da minha saudosa vovó, que foi uma das principais pessoas da minha vida. A sua residência era em uma casa pequena e simples no Núcleo Habitacional Santa Paula, mas que era gigante em acolhimento, pois cabia a nossa numerosa família e ainda sobrava espaço.
Naqueles tempos não faltava ninguém; estavam lá meu pai, meu avô, meus tios e primos. E quanta falta faz poder reunir essa galera novamente. Infelizmente, isso não é possível, por motivos óbvios. Mas vamos continuar a história, não é mesmo?
Pois bem, estávamos lá reunidos e eu tinha ganhado um jogo de futebol de botão naquela noite, da marca Gulliver, que acho que nem existe mais. Eram dois times, um do Internacional e outro do Grêmio, muito comuns na época aqui em nossa região. Eram os mais fáceis de se encontrar, inclusive.
Eu estava lá ajeitando eles no chão e dando umas ‘palhetadas’, com os meus primos, e afirmo com certeza que já era um momento feliz, mas ele se tornaria maravilhosamente inesquecível. De repente, entra no pequeno quarto um dos meus tios, aquele preferido que toda a criança tem, e me chama para ver o PAPAI NOEL, que estava nos fundos da casa. Fomos lá correndo, toda a piazada…
Evidentemente que não tinha bom velhinho nenhum, mas sim vários lindos embrulhos de presentes para toda a criançada, e dentre eles havia um que era destinado a este colunista. E eu quase não acreditei quando abri, era um vídeo-game ATARI, sonho de consumo de qualquer garoto, mais até do que uma bicicleta.
Minha família não possuía condições financeiras para tal na época, e eu não sei que mágica de Natal fizeram, mas de uma coisa eu sei… Eu nunca mais vou esquecer daquela noite de Natal… Eu tenho a melhor família do mundo inteiro, mesmo que nos dias atuais esteja faltando muita gente deste lado do plano cósmico.
SEMANA QUE VEM TEM MAIS…
JOHN ELVIS RIBAS RAMALHO RADIALISTA, APRESENTADOR DO CLUBE ROCK LIGHT 94.1 FM BACHAREL EM DIREITO E COLUNISTA DO BNT
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