Campos Gerais

Novo secretário de saúde de Castro aponta que maternidade do hospital precisa atender as pacientes de ‘risco intermediário’

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Matheus de Lara
Entrevista coletiva aconteceu na manhã desta sexta-feira em Castro. A nova gestão que assume em janeiro pretende colocar novamente os critérios de parto para risco intermediário

O novo secretário municipal de Saúde de Castro, Dr. Matilvani Moreira, o prefeito eleito Reinaldo Cardoso e o secretário municipal de Governo, Ricardo Cardoso Filho, se reuniram para uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (27). O objetivo foi apresentar a situação atual do Hospital Anna Fiorillo Menarim (Instituto Moriah), principalmente a parte da maternidade e que a unidade apresenta um déficit de R$ 500 mil mensais. A reportagem do Portal Boca no Trombone acompanhou e destaca os pontos que foram discutidos.

De acordo com Matilvani a preocupação é a maternidade onde atualmente 70 crianças nascem por mês. “Ela é risco intermediário. Esse termo é de que a maternidade tem que ter plantão de pediatra, obstetra, anestesista, enfermeira, entre outros profissionais. Em novembro a maternidade foi desclassificada de sua complexidade e passou a ser para parto de risco habitual, ou seja, o parto em risco habitual que é mais simples pode ser realizado sem pediatra, obstetra e isso não queremos”. O novo secretário detalha que a nova gestão pretende reconquistar esse risco intermediário para oferecer um melhor atendimento. “Não concordamos que o reequilíbrio financeiro do hospital seja através de cortes na maternidade com diminuição na qualidade”.

Durante a coletiva outros dados também  foram apresentados. Dr. Matilvani destaca que o prédio e os equipamentos estão alugados desde dezembro de 2022 ao Instituto Moriah no valor de R$ 25 mil e que segundo o representante da instituição o faturamento mensal em 2023 foi de R$ 400 mil e em 2024 chegou a R$ 1.800.000,00 mensais e que o custo do hospital é de R$ 2.300.00,00 mensais, o que coloca a instituição em situação financeira insustentável. “O Instituto Moriah não pagou os aluguéis dos últimos 18 meses, cerca de R$ 450 mil e o hospital tem déficit mensal de 500 mil”, destaca o secretário.

O secretário de Saúde também apontou que já foi realizada a solicitação de documentos que comprovem o rombo nas contas e de planilhas mensais sobre gastos com compra de materiais, medicamentos e folha de pagamento. As gestantes de risco intermediário são, mães com diabetes, hipertensão, moradoras de rua, indígenas ou com histórico de partos com óbitos anteriores, entre outros casos. As gestantes de Castro, Carambeí, Piraí do Sul e Sengés, que antes eram recebidas no hospital, estão sendo encaminhadas para Ponta Grossa.

Sobre os profissionais que precisam atender no risco intermediário, entre pediatra, enfermeira, anestesista e obstetra, Matilvani detalha que o custo por mês seja de R$ 300 mil para a contratação dos profissionais e que somente o pediatra é R$ 100 mil, onde é difícil achar esse profissional e que todos precisam trabalhar 24 horas por dia.

Para o prefeito eleito, Reinaldo Cardoso, o hospital estava com dificuldades financeiras e com risco até de fechamento. “Fizemos reuniões e também observamos a questão da maternidade que somente está no risco habitual, mas o contrato aponta que a maternidade deve operar com risco intermediário. Com isso estamos cobrando e a população não pode ficar sem atendimento”.

Hospital Regional

Em agosto desse ano uma sessão na Câmara Municipal de Castro, o vereador Joel Elias Fadel apresentou um requerimento 281/2024, aprovado por unanimidade, que tem como objetivo, estudos quanto à possibilidade de transformar o Hospital Anna Fiorillo Menarim em Hospital Regional.

De acordo com a justificativa do vereador, as dificuldades enfrentadas pelos moradores no que se refere a área da saúde como a necessidade de se deslocar até municípios vizinhos para realizar exames, cirurgias e consultas de diversas especialidades é um dos problemas.

A reportagem questionou o secretário sobre esse assunto. Ele disse que “é uma conversa que existe e o Governo do Paraná está regionalizado alguns hospitais. Temos que ver o que trata esse termo e os benefícios que vai trazer para a população”.

Leia também: Reinaldo Cardoso, vice e vereadores são diplomados em Castro

Matheus de Lara

Matheus de Lara

Jornalista formado pelo Centro Universitário Santa Amélia (UniSecal) de Ponta Grossa.

Graduado em dezembro de 2019, já trabalhou por dois anos em jornal impresso em conjunto com um portal de notícias. Atualmente exerce o cargo de jornalista no Portal Boca no Trombone, desde 13 de março de 2023.

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