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O machismo na sociedade, na política e no governo Lula, por Roberto Ferensovicz

Foto: Mídia NINJA
Machismo na política: participação das mulheres é limitada e casos de assédio são frequentes. É preciso mudar essa realidade.

Que o machismo é muito forte na nossa sociedade e muito presente , disso ninguém dúvida. Diariamente as mulheres sofrem com isso em casa, no trabalho, no esporte e na política isso não é diferente, claro que não é tão grave quanto aquele preconceito que sofrem em casa por parte daqueles que mais deveriam respeitá-las, esposos, pais e até filhos. Mas quando falamos da política é muito visível a supremacia masculina e a forma como as mulheres são tratadas, vamos destacar aqui alguns fatos, dentre eles alguns ocorridos recentemente em Brasília.

Primeiramente é importante lembrar que nas primeiras eleições diretas no Brasil as mulheres não tinham direito ao voto, esse direito veio apenas em 1932 no governo do presidente Getúlio Vargas. Atualmente a participação política das mulheres ainda é muito tímida, tanto que existe uma lei que obriga os partidos a terem no mínimo 30% das candidaturas do sexo feminino, mas na prática a situação ainda é complicada, tanto que para preencher essa cota muitos partidos tem as chamadas candidaturas laranjas, onde as mulheres apenas preenchem os números mas não são candidatas de fato.

Exemplos práticos de machismo:

Em dezembro do ano passado a Deputada Isa Pensa sofreu assédio sexual durante a sessão na Assembleia Legislativa de São Paulo, não foi numa sessão da Câmara de Vereadores de um rincão Brasil a fora, o que já seria deplorável, mas foi na capital mais importante do país, com a sessão transmitida ao vivo. Depois da investigação o deputado Fernando Cury, ao invés de ser cassado, foi apenas suspenso.

Mulheres no Governo Lula

O Ministério do Governo Federal conta atualmente com 11 mulheres o que representa 29% do total, embora para a nomeação de ministérios e secretarias a lei da cota das mulheres não seja obrigatória, pois se fosse o governo Lula não estaria respeitando o mínimo de 30%. Falo que temos 11 porque uma delas, a Ministra do Turismo, Daniela Carneiro está em processo de “fritura” e está com os dias contados.

Número de mulheres eleitas:

Na última eleição o Congresso Nacional teve um aumento no número de mulheres eleitas, mas os números ainda são tímidos, na Câmara dos Deputados foram eleitas 91 deputadas, o que representa 17,7% das vagas, no Senado a situação é pior, apenas 10 senadoras, o que representa 12,3% do total.
Na Assembleia paranaense mesmo sobrando o número de representantes as mulheres são apenas 18,5%, ou seja, 10 deputadas estaduais. Na nossa Câmara de Vereadores, Joce Canto, Missionária Adriana e Josi Kieras representam 15,8% das 19 vagas de vereadores. No último senso o número de mulheres no país representava 51,10% da população, com esses números vemos que estão bem longe de serem representadas.

Se a maioria da nossa população é formada por mulheres não precisamos se leis obrigando a sua participação na política, está mais do que na hora das mulheres ocuparem esses espaços para bem representarem não só as mulheres, mas também aos homens e todos aqueles que necessitam de políticas públicas de qualidade, com independência, seriedade, honestidade com transparência e dedicação, qualidades tão presentes nas mulheres.

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Foto: Mídia NINJA

Roberto Ferensovicz

Roberto Ferensovicz

Servidor público municipal há 28 anos. Vice-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ponta Grossa (SindServ-PG)

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