Uma onça-pintada, identificada como a responsável pela morte de um caseiro no Mato Grosso do Sul, foi recentemente capturada no Pantanal. O animal, um macho pesando 94 quilos, foi localizado por uma equipe composta por um pesquisador, dois guias e quatro policiais militares ambientais.
Após a captura, foram realizados procedimentos de monitoramento no felino, incluindo a instalação de um acesso venoso e um dispositivo para medir a frequência cardíaca e a temperatura. O acesso venoso pode ser utilizado para a administração de anestésicos caso seja necessário.
O pesquisador Gedienson Araújo, membro da equipe de captura, afirmou: “Vamos levar esse animal para o centro de reabilitação e tentar entender o que ocorreu. É possível observar que ele está bem magro”.
A tragédia ocorreu na segunda-feira, 21 de agosto, quando Jorge Ávalo, de 60 anos, perdeu a vida em decorrência do ataque da onça nas proximidades do pesqueiro Touro Morto, uma região pantaneira onde os rios Miranda e Aquidauana estão cheios devido às chuvas recentes, dificultando as operações de busca.
O local do ataque é caracterizado por sua vegetação densa e rica biodiversidade, situado no município de Aquidauana, a cerca de 150 quilômetros da cidade de Miranda. Esta área faz parte do bioma do Pantanal sul-mato-grossense, cuja extensão territorial abrange 17.008,5 Km², sendo que aproximadamente 75% desse território é coberto pelo Pantanal.
De acordo com um estudo realizado pelo Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Pantanal se destaca como o bioma brasileiro com o maior índice de espécies preservadas. É lar de diversas espécies animais, incluindo a onça-pintada e a onça-parda.
O pesquisador Heriberto Gimenes Junior, mestre em Biologia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), enfatiza que a geografia peculiar da região pantaneira e uma série de fatores relacionados à conservação ambiental contribuem para o refúgio e preservação das espécies locais.
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