Ponta Grossa

Parceria entre Cargill, Hipermix e UEPG desenvolve concreto sustentável

Concreto sustentável não estrutural usa rejeito de cinzas na composição
A proposta do novo produto é servir para calçadas, meio fio e disponível para ser utilizado em praças, escolas e unidades básicas de saúde

Iniciativa é resultado de parceria entre Cargill, Hipermix e UEPG e usa resíduo de cinzas em novo produto.

Investir em alternativas mais sustentáveis é um dos grandes desafios da indústria da construção civil. O desenvolvimento de insumos que sejam social e ambientalmente mais eficientes, menos poluentes e mais econômicos já é parte das pesquisas de institutos e universidades, em busca de novas alternativas e produtos.

E foi para atender essa demanda que uma parceria realizada entre Hipermix, Cargill e UEPG resultou no primeiro traço de concreto sustentável em Ponta Grossa. O material, que utiliza rejeitos de cinzas da queima de eucalipto gerados pela Cargill foi desenvolvido após dois anos de estudos e pesquisas, realizadas pelo curso de mestrado em Engenharia Civil da UEPG. Após dezenas de testes e aplicação feita pela Concreteira Hipermix, chegou-se a configuração de um concreto não estrutural, cerca de 10% mais barato.

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A proposta do novo produto é servir para calçadas, meio fio e disponível para ser utilizado em praças, escolas e unidades básicas de saúde. Para isso, representantes da Cargill e da Hipermix estiveram na Prefeitura para apresentar o novo produto.

Durante o encontro, a sócia administradora da Hipermix, Janaína Ribas, destacou que esta é uma iniciativa exclusiva no munícipio. “Ao todo, são 10 empresas trabalhando neste segmento e apenas a Hipermix dispõe de um produto com estas características em seu portfólio”, explica. Segundo ela, a proposta da empresa desde o início, quando foi convidada a fazer parte do projeto, foi desenvolver um produto com viés sustentável. “É uma forma de mitigar os impactos de CO2 gerados pela produção de cimento principal item na produção de concreto e, além disso, oferecer ao mercado um produto mais barato”, explica.

Para o secretário municipal de Planejamento, Luiz Honesko, este tipo de iniciativa é muito importante para a cidade por englobar práticas ESG. “Vamos estruturar alguma forma de testar esse produto, inclusive até através de um projeto SandBox, que envolve a agência de Inovação e Desenvolvimento”, pontuou.

Já para o secretário de Meio Ambiente, Sandro Bandeira, o projeto é uma “virada de jogo”. Segundo ele, a iniciativa, que já existe em outras cidades, traz um conceito de modernidade para Ponta Grossa e demostra a preocupação de empresas e iniciativa privada com a qualidade de vida, meio ambiente e com a economia.

Concreto sustentável não estrutural usa rejeito de cinzas na composição

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