Deve remontar há mais de 45 anos
quando as meninas seguiam com a mãe pelas mãos,
o coração pulsante de alegria com o passeio,
como numa valsa a bailar pelas ruas da cidade.
Pelas mãos elas seguiam,
pelas calçadas olhavam atentamente lojas, vitrines, anúncios…
Tudo era atrativo.
Pessoas que passavam e suas expressões
Gestos de afeição ou indiferença
O ápice chegar a escadaria da igreja central e subir no mirante
a visita junto às escadas onde miudezas imediatamente tornavam-se grandezas
pelas mãos não sei quantas vezes a mãe levou as meninas naqueles sábados de manhã
E o sol brilhava, luzia e sobre as escadarias da igreja fazia desfilar seus fachos de luz e calor
as meninas em total encantamento por todas as coisas.
A mãe era a estrela maior a luzir tudo
carinho, boa vontade e originalidade.
Afeto!
E como aquela mãe era feita ao amor, ao gesto de doação
com carinho perene que tudo permeia pelas mãos… pelas mãos…
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