Deve remontar há mais de 45 anos
quando as meninas seguiam com a mãe pelas mãos,
o coração pulsante de alegria com o passeio,
como numa valsa a bailar pelas ruas da cidade.
Pelas mãos elas seguiam,
pelas calçadas olhavam atentamente lojas, vitrines, anúncios…
Tudo era atrativo.
Pessoas que passavam e suas expressões
Gestos de afeição ou indiferença
O ápice chegar a escadaria da igreja central e subir no mirante
a visita junto às escadas onde miudezas imediatamente tornavam-se grandezas
pelas mãos não sei quantas vezes a mãe levou as meninas naqueles sábados de manhã
E o sol brilhava, luzia e sobre as escadarias da igreja fazia desfilar seus fachos de luz e calor
as meninas em total encantamento por todas as coisas.
A mãe era a estrela maior a luzir tudo
carinho, boa vontade e originalidade.
Afeto!
E como aquela mãe era feita ao amor, ao gesto de doação
com carinho perene que tudo permeia pelas mãos… pelas mãos…
Pelas mãos, por Renata Regis Florisbelo
Confira mais um texto e interpretação em vídeo da escritora Renata Regis Florisbelo especialmente para o Portal BnT Online