Economia

PIB do Paraná cresce 8,9% em cinco anos, acima da média nacional no período

 Boca no Trombone image00027_0_0
Crédito: AEN
Em termos nominais (considerando a inflação), o PIB paranaense cresceu 104,8% nos últimos 11 anos

O Produto Interno Bruto (PIB) paranaense cresceu 8,9% entre 2019 e 2023, segundo dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é superior ao crescimento brasileiro no período, de 7,8%. Somente no ano passado, com a recuperação depois da pandemia de Covid-19, a economia do Paraná cresceu 5,8%. Em 2019, o PIB do Estado somou R$ 466,3 bilhões, enquanto que em 2023 esse índice fechou em R$ 665,6 bilhões, de acordo com a estimativa do Ipardes.

Mesmo com a crise do coronavírus e problemas climáticos, como a forte estiagem que atingiu o Estado nos últimos anos, a economia paranaense mostrou força, consolidando-se como a quarta maior economia do Brasil, com PIB de R$ 614,61 bilhões em 2022 (último dado divulgado pelo IBGE), crescendo 1,5% naquele ano e ultrapassando o Rio Grande do Sul.

E com os bons resultados alcançados no período, o Ipardes projeta um novo crescimento para o PIB paranaense em 2024. Apesar de não ter sido um ano fácil para a agricultura devido a fatores climáticos, entre eles a estiagem, os setores da indústria, do comércio e de serviços cresceram acima do esperado, compensando a queda da agropecuária.

No primeiro semestre de 2024, a indústria paranaense cresceu 2,62% no período, enquanto que o setor de serviços, que engloba também o comércio, registrou aumento de 3,07%. Esses resultados cobriram o recuo de 8,25% registrado pela agropecuária no Estado.

Com esses resultados, o PIB do Paraná deverá chegar a R$ 713 bilhões ao fim de 2024. Será o maior valor da história do Estado, que tem crescido todos os anos. O número leva em conta a taxa real de 2,4% calculada pelo Ipardes para elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 e a projeção da inflação para este ano, estimada em 4,59%.

PIB NOMINAL – Em termos nominais (considerando a inflação), o PIB paranaense cresceu 104,8% nos últimos 11 anos, passando de R$ 348 bilhões em 2014 para os projetados R$ 713 bilhões em 2024. Houve um salto grande nos últimos anos, com crescimento na casa de R$ 50 bilhões, enquanto nos anos anteriores era de R$ 20 bilhões.

De 2015 a 2019, o valor nominal do PIB crescia cerca de R$ 20 bilhões por ano (R$ 377 bilhões – 2015; R$ 402 bilhões – 2016; R$ 421 bilhões – 2017; R$ 440 bilhões – 2018; e R$ 466 bilhões – 2019).

Em 2020, impactado pela Covid-19, o PIB paranaense foi de R$ 488 bilhões. A partir de 2021, já recuperando-se dos efeitos mais críticos da pandemia, a economia paranaense cresceu 3,5% no ano, chegando a R$ 550 bilhões. Desde então, o crescimento passou a ser de R$ 50 bilhões ao ano (R$ 615 bilhões – 2022; R$ 666 bilhões – 2023; e R$ 713 bilhões – 2024).

“A economia paranaense vem crescendo acima da média nacional nos últimos anos, o que se deve ao êxito das políticas locais de desenvolvimento”, afirma o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.

Outro ponto que ajuda a explicar esse bom resultado são os baixos índices de desemprego e a elevação real dos salários, que garantem aumento do bem-estar da população paranaense. O Estado registrou no terceiro trimestre deste ano a terceira menor taxa de desemprego em 10 anos, com 4% de desocupação, e tem o maior salário-mínimo regional do Brasil.

ARRECADAÇÃO – Além do bom momento da economia paranaense, outro dado que ajuda a explicar a alta do PIB tem relação com a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em todas as regiões do Estado, segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) compilados pelo Ipardes.

A região de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, por exemplo, saiu de 5% de participação na arrecadação de ICMS em 2019 para 6,5% em 2023. Em reais, saiu de R$ 1,2 bilhão para R$ 2,3 bilhões. A região de Maringá, no Noroeste, é outra que expandiu sua contribuição na arrecadação do principal imposto estadual. Em 2019, a participação no bolo era de 5,5%, passando para 6,4% em 2023. Foram R$ 1,4 bilhão naquele ano, contra R$ 2,2 bilhões no ano passado.

O maior aumento, porém, foi registrado na região de Cascavel, no Oeste do Paraná. Com crescimento de 1,7 ponto percentual em cinco anos, a participação na arrecadação do imposto passou de 5,1% em 2019 para 6,8% em 2023. Em termos financeiros, passou de R$ 1,3 bilhão para R$ 2,4 bilhões no período. A região de Guarapuava registrou leve crescimento, de 0,1 ponto percentual, saindo de 0,8% em 2019 (R$ 197 milhões) para 0,9% em 2023 (R$ 315 milhões).

As regiões de Curitiba e Londrina continuam com as maiores participações na arrecadação estadual. A Capital representou 71,9% do ICMS recolhido em 2023, saltando de R$ 19,5 bilhões em 2019 para R$ 25,7 bilhões no ano passado. Já a participação da região de Londrina foi de 7,5% em 2023 (R$ 2,6 bilhões).

As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Leia também: Chuvas ultrapassam 100 mm em várias cidades no Paraná.

Mais Lidas

BNT Vídeos

Quer receber as Newsletter BnT?

Cadastre-se e receba, um email exclusivo com as principais noticias produzidas pela equipe do Portal Boca no Trombone

google-news-banner Boca no Trombone
botao-grupo-whatsapp Boca no Trombone

Google News

Web Stories

Elizabeth comemora chegada da XBRI Previsão do tempo de hoje (17) Rumo realiza limpeza, após denúncia do BNT Previsão do tempo de hoje (16) Volta às aulas nas Lojas Maxitango Previsão do tempo de hoje (14) Previsão do tempo de hoje (13)