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Pichadora: pedido de perdão e reflexões sobre os ataques de 8 de Janeiro

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Na correspondência endereçada ao ministro Alexandre de Moraes, a cabeleireira expressa seu arrependimento pelo ato de vandalismo que culminou na pichação da Estátua da Justiça, onde escreveu a frase "perdeu, mané".

O Supremo Tribunal Federal (STF) tornou pública, na última quarta-feira (26), uma carta escrita por Débora Rodrigues dos Santos, envolvida nos ataques a Brasília em 8 de janeiro de 2023. Na correspondência endereçada ao ministro Alexandre de Moraes, a cabeleireira expressa seu arrependimento pelo ato de vandalismo que culminou na pichação da Estátua da Justiça, onde escreveu a frase “perdeu, mané”.

Na carta manuscrita, datada de outubro de 2024, Débora se descreve como uma cidadã comum e ressalta que sua intenção era participar de uma manifestação pacífica. “Sou uma cidadã comum e simples, sempre mantive minha conduta ilibada, jamais compactuei com atitudes violentas ou ilícitas”, afirma.

A ré admite que cometeu o ato impulsivamente, sem qualquer planejamento prévio. “No calor do momento cheguei a cometer aquele ato tão desprezível (pichar a estátua). Posso assegurar que não foi nada premeditado”, explica. A cabeleireira ainda menciona que um desconhecido foi quem iniciou a pichação e lhe ofereceu o batom para completar a frase. “Talvez tenha me faltado malícia para rejeitar o convite”, reconhece.

Além do arrependimento por sua ação, Débora também reflete sobre o impacto pessoal que o episódio teve em sua vida familiar. Mãe de dois filhos, ela revela que não conseguiu acompanhar o processo de alfabetização do mais novo e que ambos sofrem com sua ausência. “Um castigo e uma culpa que vou lamentar enquanto eu viver”, lamenta na carta.

Ao final do documento, ela faz um apelo sincero ao ministro Moraes: “Termino essa carta na esperança de que esta demonstração sincera do meu arrependimento possa ser levada em consideração por vossa Excelência”.

Atualmente, o julgamento da condenação de Débora ocorre na 1ª Turma do STF. O relator Alexandre de Moraes e o ministro Flávio Dino já votaram pela condenação a 14 anos de prisão. No entanto, o julgamento foi suspenso após pedido de vista do ministro Luiz Fux, que deseja revisar a dosimetria da pena. Assim, ainda faltam três votos para finalizar o processo.

Débora enfrenta acusações graves, incluindo associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público. Ela está presa desde 17 de março de 2023, após ser detida na oitava fase da operação Lesa Pátria da Polícia Federal. De acordo com informações anteriores, a cabeleireira não teve direito à formulação de Acordo de Não-Persecução Penal devido à natureza dos crimes imputados a ela.

Leia também STF impõe pena de 17 anos a homem que furtou réplica da Constituição no 8 de janeiro

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