O presidente do Peru, Pedro Castillo, decretou o fechamento do Congresso Peruano e a dissolução de todos os parlamentares nesta quinta-feira (07), sendo instaurado Estado de Exceção no país vizinho. A medida foi tomada em meio ao terceiro processo de impeachment de Castillo em quase um ano e meio de mandato.
Além da dissolução do Congresso, Castillo anunciou outras medidas radicais como a reestruturação do Poder Judiciário; destituição de congressistas; convocação de novas eleições para o legislativo; governamento apenas por decretos presidenciais; convocação de uma nova Constituição Federal e toque de recolher das 22h às 04h no país inteiro, válidas a partir de hoje.
Estas medidas foram vistas como uma “clara tentativa de golpe de Estado”, segundo a própria vice-presidente Dina Boluarte, que deve assumir a presidência do país nas próximas horas. O presidente da Suprema Corte do Peru, Francisco Morales, convocou as Forças Armadas do país a “restaurarem a ordem constitucional” e “garantir o afastamento de Castillo do poder”. Diversos ministros renunciaram após o anúncio de Pedro Castillo.
A situação do atual presidente do Peru é conturbada. Eleito em 2021 em uma das eleições mais polarizadas da história do país, Castillo é professor sindicalista e foi eleito pelo Partido Perú Libre. Sofreu 2 tentativas de impeachments no Congresso por “incapacidade moral para o exercício do cargo”, mas acabaram sendo barrados no Congresso por falta de apoio. Agora, enfrenta o quarto processo por “atentado à democracia”.