O coordenador do Procon de Ponta Grossa, Naim Nasihgil Filho, concedeu entrevista ao Portal BnT Online nesta quinta-feira (9), detalhando os resultados das fiscalizações realizadas contra bebidas e combustíveis adulterados no município.
Durante a conversa, Naim confirmou a apreensão de 12 mil litros de bebidas irregulares na operação integrada da última semana.
“É isso mesmo, a vigilância providenciou a apreensão e também o descarte adequado dessas bebidas”, afirmou.
O coordenador alertou os consumidores sobre os cuidados necessários na hora da compra e destacou a importância de desconfiar de preços muito baixos.
“Como eu sempre falo, não tem nada de graça, né? Não tem nada muito barato. Então uma pessoa apareceu uma oferta, apareceu uma situação que o preço está muito baixo, abre o olho. Cuidado, pode não ser produto de qualidade nem produto bom”, explicou.
Segundo ele, é essencial comprar em locais de confiança e estar atento aos sinais de irregularidade. Em casos de produtos impróprios para consumo, o responsável pela venda pode ser punido.
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“Quem vendeu vai responder pela venda do produto inadequadamente ao consumo, inclusive é crime. Produto impróprio ao consumo. Então, ele vai responder, vai ser conduzido à delegacia de polícia, vai ser aberto inquérito para que ele esclareça”, disse.
O Procon atua na autuação dos estabelecimentos, enquanto a Vigilância Sanitária realiza o descarte e a verificação das condições de funcionamento.
Fiscalização de combustíveis adulterados
O coordenador também comentou sobre a ação do Procon em parceria com a Polícia Científica, que identificou gasolina adulterada com excesso de etanol em um posto de combustíveis da cidade.
Naim explicou que o consumidor tem o direito de exigir o teste de qualidade da gasolina no momento do abastecimento.
“Esse é um direito dos próprios consumidores quando abastecerem gasolina, se tiverem dúvida, exigir para que seja feito o teste na sua frente. É um teste muito simples”, explicou.
Ele detalhou o procedimento:
“Vai ter o tubo de ensaio de 100 ml, coloca 50 ml de gasolina comum e 50 ml de água. Aí mistura bem e espera decantar. Se o percentual da água com o álcool tiver acima de 65, tá irregular.”
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Em caso de irregularidade, o Procon lavra o auto de infração e encaminha as informações à Agência Nacional do Petróleo (ANP), que pode determinar o lacramento das bombas ou o fechamento do posto.
“A polícia científica fez a coleta do material, vai fazer análise também no laboratório. Estamos aguardando o laudo e automaticamente já estamos encaminhando para a ANP, que é a responsável inclusive por lacrar bombas ou fechar o posto”, acrescentou.
Como denunciar
Naim reforçou que os consumidores podem acionar o Procon de Ponta Grossa de várias formas.
“O Procon tem fácil acesso, ele fica no antigo Clube Guaíra, na Rua Balduíno Taques, 445, segundo andar. O telefone é 151”, informou.
Denúncias também podem ser feitas pelo e-mail procon.pontalgrossa@gmail.com.
“A pessoa se identifica, pode ser por e-mail. É uma forma da gente receber informações ou denúncias. E sempre exijam nota fiscal, que comprova a relação de consumo”, orientou.
Encerrando a entrevista, Naim destacou o papel do órgão na defesa do consumidor:
“O Procon atua na defesa dos consumidores, mas são os consumidores que estão na ponta ajudando o Procon, denunciando ou levando os problemas que têm ao Procon para a gente ajudar.”



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