O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um pacote de medidas fiscais e revisão de gastos em pronunciamento em rede nacional nesta quarta-feira (27.nov.2024). A transmissão de 7 minutos e 18 segundos destacou ações para equilibrar as contas públicas, promover justiça tributária e impulsionar a economia.
Medidas e impacto econômico
Entre os principais anúncios, Haddad confirmou a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, parte da prometida “Reforma da Renda”. A medida busca beneficiar a classe média sem gerar impacto fiscal, já que será compensada pela maior tributação sobre rendas acima de R$ 50 mil mensais.
O pacote, que inclui ajustes no abono salarial e em benefícios previdenciários, deve gerar economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. Além disso, 50% das emendas parlamentares serão destinadas à saúde pública, reforçando o SUS.
Mercado reage com desconfiança
Apesar dos anúncios, o mercado financeiro reagiu negativamente. O dólar comercial fechou em alta de 1,73%, alcançando R$ 5,91, o maior valor nominal desde o Plano Real. Analistas apontam preocupação com o impacto da ampliação da isenção do IRPF na arrecadação, mesmo com cortes previstos em outras áreas.
Compromisso com sustentabilidade fiscal
Haddad reforçou o compromisso do governo Lula com o equilíbrio fiscal, incluindo o combate à sonegação, tributação de fundos exclusivos e ajuste nas aposentadorias militares. A meta é reduzir a dívida pública e criar condições para juros mais baixos no futuro.
Desafios e atrasos no pacote
A aprovação das medidas ocorre após semanas de debates internos. O atraso no anúncio foi atribuído à resistência de setores do governo, preocupados com cortes que poderiam afetar programas sociais de grande apelo popular.
Conclusão
O pacote fiscal marca um momento crucial para o governo Lula, que busca conciliar crescimento econômico com responsabilidade fiscal. A reação do mercado sinaliza desafios à frente, mas as medidas visam consolidar um cenário econômico mais equilibrado e justo.
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