Diretores da Sanepar estiveram nesta segunda-feira (24) na Câmara Municipal de Ponta Grossa, para esclarecerem o problema da constante falta de água nos bairros da cidade.
Estiveram no Legislativo a diretora geral, Simone Alvarenga, o diretor de operações, Sérgio Wippel, o diretor administrativo, Fernando Guedes, e Bil Zaneti, Diretor Comercial da Companhia. E ainda Melisa Ferreira, Diretora de Comunicação da Sanepar. Durante uma apresentação prévia, Simone apresentou indicações do histórico de atuação da empresa no que diz respeito à captação de água, saneamento básico e outros fatores relativos à atuação da Sanepar.
Precedendo as questões levantadas pelos vereadores, a diretora Simone Alvarenga reiterou o que já vem sendo apresentado: o aumento do consumo devido ao forte calor. Segundo ela, há queda na pressão e alguns pontos ficam sem o abastecimento. Ela garantiu que até meados de março toda a situação estará sanada.
No fim de semana, relatou, técnicos estiveram trabalhando para a captação de água em um poço no Pitangui, para o abastecimento de moradores da região do Monteiro Lobato, alcançando 3.600 habitantes.
A diretora ressaltou que Ponta Grossa é a décima cidade em saneamento, coleta e tratamento de esgoto. Noventa e nove porcento da população tem acesso à água tratada, 90% da coleta e tratamento de esgoto.
A empresa está investindo 217 milhões na ampliação dos trabalhos de captação de água do Rio Pitangui e a projeto para a captação no Rio Tibagi, informou.
Questões dos vereadores
O primeiro a apresentar questionamentos foi o vereador Léo Farmacêutico (União), membro da CPI que investiga a empresa. Léo questionou o que faltou para fazer o planejamento da empresa de forma antecipada, para não prejudicar o fornecimento de água na cidade. Em seguida, Geraldo Stocco (PV) questionou se haverá desconto na fatura de quem ficou sem água na cidade e ainda questionou os diretores sobre os estudos prévios a respeito do crescimento do consumo de água na cidade.
Em seguida, foi a vez de Ricardo Zampieri (PL) questionar os diretores sobre uma possível diminuição no valor da taxa mínima ou mesmo isenção desta taxa. Zampieri foi seguido por Guilherme Mazer (PT), presidente da CPI, que rememorou uma ata do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Condema) e questionou o motivo da captação de água no rio Tibagi ainda não ter sido iniciada.
O vereador Florenal (Podemos) ressaltou dados sobre o crescimento no consumo de casa para questionar os diretores(as) da Sanepar sobre a necessidade de antecipar as obras para conter a falta no fornecimento de água nas regiões periféricas da cidade, como nos novos conjuntos habitacionais. Fabio Silva (Republicanos) reforçou o pedido por resposta no possível desconto da água e questionou sobre o fornecimento na região da Vila Ernestina.
Já o vereador Leandro Bianco (Republicanos) questionou a qualidade do serviço prestado pela Sanepar e, em seguida, perguntou se a Sanepar já foi notificada por descumprimento do contrato com a Prefeitura. Por fim, Maurício Silva (PSD) questionou se a não renovação do contrato entre Prefeitura e Sanepar em 2020 prejudicou novos investimentos na cidade.
A parlamentar Enfermeira Marisleidy (PMB) questionou os diretores sobre o real cumprimento do cronograma de entrega de obras da Sanepar. Na mesma linha, Professor Careca (PV) cobrou o cronograma detalhado (e por escrito) das obras do atual contrato e também pediu que a tarifa mínima seja aplicada para os moradores que tiveram o abastecimento interrompido.
Já o líder do Governo, Pastor Ezequiel (PRTB), destacou o papel de “para-choque da sociedade” desempenhado pelos vereadores e ressaltou o atendimento de situações emergenciais pela Sanepar. O parlamentar Divo (União) foi o último a apresentar questionamentos e perguntou sobre o motivo de algumas das vilas mais antigas da cidade ainda não terem acesso à rede de água e esgoto.
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