Ponta Grossa

Sem acordo trabalhadores da VCG podem entrar em greve a qualquer momento

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Ocorreu as 15h30 desta quarta-feira
13, a audiência de conciliação entre a empresa Viação Campos Gerais e
Sintropas, representante da categoria, com visível clima tenso entre advogados
e desembargador, a audiência encerrou as 16 horas em acordo ofertado pela
empresa.

Durante a audiência o advogado
representante do Sintropas, Drº Frederico afirmou que os trabalhadores não
aceitavam mais os parcelamentos de salários desde o último acordo firmado em
audiência pelo Tribunal Regional do Tralho.

O presidente do sindicado Luiz
Carlos Oliveira pontuou que os trabalhadores em um acordo passado haviam
aceitado o parcelamento desde que não houvessem demissões, mas a empresa teria
quebrado o mesmo acordo pouco tempo depois. “No passado houve um entendimento
para os parcelamentos, mas desde que não houvesse demissões, mas houve, a
empresa demitiu. Isso é uma afronta aos direitos dos trabalhadores”, pontuou o
sindicalista.

Durante a audiência Luiz destacou
que cerca de 95% do comércio do município está em pleno funcionamento e a
pandemia é quase um passado, com isso não haveria motivos para os trabalhadores
do transporte serem penalizados com parcelamento dos salários.

De acordo com o advogado Diego
Felipe Donoso, representante da VCG, a crise no sistema ocorre devido a defasagem
da tarifa do transporte e a empresa estaria subsidiando o município. “Nós
iriamos parcelas os salários já no mês anterior, mas conseguimos condições,
sabemos que isso não é bom e este mês não houve recursos para realizar o pagamento
integral. (…) A empresa está subsidiando o município e não o contrário”,
pontuou.

Donoso lembrou que em estudos o município de Ponta Grossa apontou que a tarifa do transporte deveria ser atualizada para R$8,35 afim de custear o sistema de transporte público da cidade

Visivelmente descontente com as
ações tomadas pela administração da empresa, o desembargador do TRT 9º Região
Célio Horst Waldraff saiu em defesa dos trabalhadores.

“ Quem está no prejuízo são os
trabalhadores, que não estão recebendo seus salários como de direito”.

O desembargador questionou se a
empresa teria alguma proposta para oferecer aos trabalhadores, ao receber a informação
de que não existe proposta por parte da empresa Horst com uma expressão facial
de descontentamento finalizou. “ Eu não vejo oportunidade de concitação, aqui é
malhar em ferro frio”.

Desde o último atraso de salários dos trabalhadores o Sintropas mantém o indicativo de greve, com isso a categoria pode a qualquer momento deflagrar greve no sistema de transporte público.

Com conciliação recusada a ATA foi
realizada e a audiência encerrada.

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