O senador Sergio Moro, representando o União-PR, expressou sua satisfação com a recente aprovação do projeto de lei nº 677/2021 na Comissão de Segurança Pública (CSP). Esta proposta, de autoria do senador Marcos do Val, membro do Podemos-ES, busca categorizar a corrupção como um crime hediondo e aumentar a pena mínima de dois para seis anos.
Em sua fala no Plenário, Moro, que também atuou como relator do projeto, destacou a urgência da medida em um cenário onde o combate à corrupção tem enfrentado desafios crescentes. O senador enfatizou que a aprovação representa um passo significativo em direção à restauração da integridade do país.
“Hoje é um pequeno passo. Não ignoro as dificuldades que teremos para aprovar este projeto até seu final, mas a Comissão de Segurança, por meio de um voto unânime, reafirma que não aceita essa realidade. É hora de afirmar que a corrupção fere a República e destrói a moral da sociedade mais do que compromete os cofres públicos”, declarou Moro.
Durante seu discurso, o parlamentar mencionou casos emblemáticos de figuras políticas como o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Ambos foram condenados por corrupção e conseguiram retornar ao cenário político após decisões judiciais que anularam suas sentenças. Para Moro, esse fenômeno de impunidade mina a credibilidade das instituições e transforma criminosos em celebridades ao invés de punidos.
“Observamos diariamente crimes sendo recompensados. A anulação de condenações ocorre por razões muitas vezes inexplicáveis e incompreensíveis, enquanto aqueles que lesam o erário se sentem confortáveis para zombar da sociedade e do contribuinte”, acrescentou Moro.
A iniciativa agora segue seu trâmite legislativo com a expectativa de que avance para novas discussões e votações nas próximas etapas.
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