O obituário municipal registrou na manhã desta segunda-feira (22) a morte de Patrick Gabriel de Andrade, 23 anos, que ocorreu dentro da Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, na noite de sábado (20).
O jovem é suspeito de envolvimento no homicídio de Eduarda Batista Stadler, de 18 anos, crime ocorrido em 20 de setembro de 2023, em Ponta Grossa. Ainda, informações extraoficiais apontam que Patrick apresentava estocadas, muitos cortes pelo corpo, braços e pernas e cortaram o pescoço.
A reportagem entrou em contado com a Polícia Penal do Paraná para saber mais informações sobre a morte dentro da Cadeia, a qual confirmou através de nota as agressões e esclareceu se tratar de uma desavença entre detentos. A armar utilizada no crime foi uma arma branca artesanal.
“A Polícia Penal do Paraná (PPPR) informa que, na noite de sábado (20), ocorreu o falecimento de um homem privado de liberdade sob custódia da Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa. Esclarecemos que o custodiado envolveu-se em uma desavença com outro detento, resultando em ferimentos fatais causados por uma arma branca artesanal. As autoridades competentes foram prontamente notificadas para apuração das circunstâncias da ocorrência. A direção da unidade iniciou as diligências administrativas que o caso requer”, explica a nota.
De acordo com o obituário, o velório de Patrick Gabriel de Andrade ocorre na Capela Municipal São Jose e o sepultamento ficou marcado para as 16h desta segunda-feira no Cemitério São Jose.
O caso
Eduarda desapareceu em 20 de setembro de 2023, quando saiu de casa por volta da meia-noite e iria se encontrar com um rapaz com quem mantinha um relacionamento amoroso. As investigações apontam que este indivíduo teria marcado de sair com a vítima com o objetivo de fazer Eduarda entrar em contato com um terceiro indivíduo, que os criminosos acreditavam estar envolvido no atentado contra a vida de uma mulher em julho de 2023.
O plano não deu certo e Eduarda, que era mantida sequestrada pelo bando, acabou assassinada nas primeiras horas de 21 de setembro e teve seu corpo desovado na Estrada do Kalinoski, na cidade de Ponta Grossa, onde foi parcialmente enterrado. Seu corpo foi encontrado apenas em 28 de setembro, quando equipes da Polícia Militar (PM) realizavam patrulhamento no local.
O indivíduo responsável por marcar o encontro acabou preso em 21 de setembro, durante patrulhamento da PM, quando foi encontrado em seu poder duas armas de calibre .9mm, o que resultou em sua autuação pela prática do crime de porte ilegal de arma de fogo, tendo sido expedido novo mandado de prisão temporária contra ele.
Os outros três indivíduos envolvidos no crime se evadiram, logo após o assassinato, para a cidade de Palhoça, no estado de Santa Catarina. Desde então, os investigados passaram a ser monitorados por equipes da Polícia Civil. Tão logo foi identificado o paradeiro dos alvos, foram repassadas as informações para as equipes de Santa Catarina, que deram cumprimento aos mandados de busca e de prisão.
A Polícia Civil identificou ainda, no curso das investigações, que os autores da tentativa de homicídio praticada em 30 de julho não era a pessoa que os investigados objetivavam matar. Eduarda, moradora da Vila Nova em Ponta Grossa, deixou uma filha de apenas 1 ano e 7 meses.
Em dezembro de 2023 o delegado Luis Gustavo Timossi, responsável pelo caso, informou que os quatro suspeitos de envolvimento na morte de Eduarda foram presos.
Com informações PCPR
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