O Fórum de Ponta Grossa recebe hoje (9) o júri popular do caso Cauane Zavolski Martins. O Portal BNT conversou com a família da vítima e com o advogado de defesa dos réus, Luis Carlos Simionato Junior, antes do início do julgamento, às 8h30.
Thiago Rafael Oliveira e Erickson Daniel Vozniak vão a júri para decidir se eles têm culpa ou não deles pela morte de Cauane, que ocorreu em 2022. As autoridades confirmaram, em outubro do mesmo ano, que Cauane foi morta com um tiro na cabeça, sendo o principal suspeito o seu ex-namorado, que deixou o corpo na região de Itaiacoca com a ajuda de um amigo.
O advogado Simionato diz que o objetivo é demostrar que toda a situação que envolveu a vítima nada mais foi que uma fatalidade, “temos provas robustas e uma rigidez perfeita do que ela [Cauane] se suicidou e isso vai ser demostrado. Suicídio é o que aconteceu e não um crime”, enfatizou.
A mãe de Cauane, Valdineia Zavolski, afirma que a filha não se suicidou, que o que ocorreu foi um crime, “como ela fez suicídio? Como ela foi andando até o local e botou fogo nela mesma?”, questiona. Para hoje, a família pede por justiça, “estes dois anos estão muito difícil”, completou Valdineia, que se senta hoje pela primeira vez em frente aos acusados.
Relembre o caso: Cauane Zavolski Martins foi vista pela última vez no dia 28 de janeiro de 2022. Segundo o delegado Fernando Jasinski, da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, a jovem “teria embarcado em um veículo e poucas horas depois teria feito a última ligação para a família e, então, nunca mais foi vista. Constatou-se, que, em verdade, Cauane teria ido até um apartamento de um dos envolvidos, localizado na região de Uvaranas. No curso das investigações, recebeu-se informação de que Cauane teria supostamente se suicidado com a arma de um dos envolvidos e estes, então, teriam ocultado o corpo”, disse o delegado.
No apartamento, a Polícia encontrou drogas e foi constatado um furo na parede, compatível com disparo de arma de fogo, o qual havia sido tampado com massa corrida. No carro que a vítima teria embarcado foi encontrada a presença de sangue. Uma ossada humana foi encontrada na região do Distrito de Itaiacoca no dia 11 de março de 2022. Em 20 de setembro do mesmo ano, foi confirmado, pelo Instituto Médico Legal (IML), que os restos mortais eram de Cauane.
Confira a entrevista com a família de Cauane e com o advogado de defesa dos réus, Luis Carlos Simionato Junior: