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EUA registram aumento de estudantes brasileiros

EUA registram aumento de estudantes brasileiros  EUA registram aumento de estudantes brasileiros
EUA registram aumento de estudantes brasileiros
País tem mais de 16 mil brasileiros em cursos de graduação e pós-graduação. Na análise de especialista em educação superior internacional, desafios vão além do inglês e incluem adaptação cultural e compreensão de como funciona o sistema universitário dos Estados Unidos

O número de estudantes brasileiros matriculados em cursos de graduação e pós-graduação nos Estados Unidos cresceu na temporada entre 2022 e 2023, chegando a mais de 16 mil pessoas. Isso equivale a um aumento de 7,6% em relação aos 14,8 mil que haviam sido registrados entre 2021 e 2022 (em geral, os períodos letivos começam em um ano e terminam no outro). As informações são do Open Doors, um relatório divulgado pelo Departamento de Estado norte-americano e pelo Instituto Internacional de Educação (IIE). 

São, atualmente, mais de 1 milhão de alunos do exterior nos Estados Unidos, representando o quinto ano de aumento consecutivo, apesar dos impactos da pandemia de Covid-19. China (289 mil estudantes) e Índia (268 mil) são as principais nações de origem, respectivamente.

Segundo o relatório, “os alunos variam em relação às áreas que buscam. Os brasileiros buscam [cursos relacionados a] negócios, administração, ciências sociais, finanças, artes e outros campos”.

Desafios para os estudantes brasileiros

Alessandra Crisanto é advogada, especialista em educação superior internacional e presta assessoria a brasileiros que vão estudar nos Estados Unidos. Como alguém que está diretamente ajudando estudantes a organizar documentação, a contatar instituições de ensino e a pleitear bolsas, ela relata que os desafios não se resumem ao idioma.

“O obstáculo mais importante é o cultural: o aluno não entender exatamente como funciona o sistema norte-americano. Nem sempre as pessoas compreendem o sistema de notas, de crédito, sistema de aulas e até mesmo formas de pagamento”, exemplifica. Crisanto chama a atenção para o fato de que as universidades, em geral, não possuem setores comerciais que prestem informações a estudantes de fora.

“O contato com a faculdade pode ser bem complicado. Como os norte-americanos são preparados desde o jardim de infância para entrar no ensino superior, muitos não entendem as dúvidas dos brasileiros”, afirma a especialista.

Segundo Crisanto, cursos da área de engenharia, tecnologia, ciências e matemática (STEM, na sigla em inglês) oferecem a possibilidade de permanecer no país até 36 meses após o término das aulas. No entanto, não há seções nos sites das universidades informando sobre esse detalhe, diz.

Ela destaca ainda a existência de dois programas do governo norte-americano: Curricular Practical Training (CPT) e Optional Practical Training (OPT), que permitem que a pessoa trabalhe legalmente enquanto estuda.

“Pelo fato de possuírem autorização para trabalhar por meio do CPT e OPT, os estudantes têm acesso ao social security [semelhante ao CPF brasileiro], o que facilita a vida inicial no país. Sem contar o fato de que conseguem trazer legalmente seus dependentes ‒ caso estes sejam menores, podem acessar o sistema de educação pública dos Estados Unidos”, exemplifica.

Crisanto acrescenta que “quem vai aos Estados Unidos para fazer um mestrado, por exemplo, chega ‘anos-luz’ à frente daqueles que ainda não têm uma qualificação e não falam inglês”. 

A especialista destaca ainda que, após concluir o mestrado, é possível se candidatar ao green card, documento que autoriza a trabalhar e residir no país de maneira permanente ‒ a aprovação, obviamente, depende de uma análise do governo.

Para saber mais, basta acessar: https://www.linkedin.com/in/abcrisanto/

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