Ponta Grossa

Audiência Pública mostra estudo de impacto ambiental do novo aterro sanitário de PG

 Uma audiência pública tendo por
pauta a construção de novo aterro sanitário em Ponta Grossa acontece na noite
de terça-feira (04), a partir das 19 horas, tendo por local o Hotel Bourbon, em
Olarias.

O evento foi agendado pelo
Instituto Água e Terra, que é vinculado à Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Sustentável e Turismo do Paraná (SEDEST).

A finalidade foi a apresentação
de um Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental para
licenciamento ambiental de um aterro de resíduos classe II e resíduos da
construção civil em Ponta Grossa.

Em 2018 a Prefeitura Municipal
lançou um chamamento para que empresas especializadas na coleta, recepção e
destinação de resíduos sólidos apresentassem projetos. Contudo, não foi
possível, pois a empresa vencedora da licitação não apresentou estudo de impacto
ambiental.

Em agosto daquele ano, o Aterro
Sanitário do Botuquara, o único no município, deixou de receber os resíduos sólidos.
Parte dos resíduos passaram a ser encaminhados para aterros sanitários
particulares em outros municípios.

O Aterro do Botuquara causava
preocupações, porque o lixo ficava a céu aberto. Muitas famílias abaixo da
linha da pobreza costumavam ‘garimpar’ restos de alimentos e peças de
vestuários, inclusive, crianças.

Também provocou reclamações a
indicação de construção de um novo sanitário. A área escolhida , naquela ocasião, situa-se  em área de
proteção ambiental da Escarpa Devoniana, na altura do Parque Municipal Capão da
Onça, perto ainda do Parque Nacional dos Campos Gerais. O problema maior seria
o acentuado risco de contaminação da recarga do Aquífero de Furnas.

[RELACIONADAS]

Bocaina

O local indicado para recebimento
do novo aterro sanitário fica no distrito rural de Bocaina. A empesa
responsável pelo empreendimento, é a Ambiental Campos Gerais Gerenciamento de
Resíduos Ltda, a mesma que pretendeu a construção do aterro em 2018, sem
apresentar estudos de impacto ambiental.

Reclamações

Alguns moradores daquele distrito
estiveram presentes à audiência. Reclamaram que não houve diálogo da empresa
com os moradores. Queixaram-se, ainda, de que muitos moradores não ficaram
informados da audiência pública.

O temor das pessoas que se
manifestaram é o consequente aumento do tráfego de veículos pelas estradas
circundantes, e, também, o vazamento do chorume dos caminhões, o que poderá
afetar os arroios.

Resíduos classe II

ABNT determinou por meio da norma
10.004 dois diferentes tipos de classificações para resíduos, cada um contando
com suas especificidades físicas, biológicas e químicas: os Classe I e os
Classe II. 

Você sabe o que são os resíduos
Classe II e quais seus tipos? Siga a leitura que iremos explicar em
detalhes. 

Em resumo, os resíduos Classe II
são todos aqueles que não se encaixam na Classe I., Ou seja, resíduos que não
apresentam em suas composições características consideradas como perigosas. No
entanto, mesmo não apresentando periculosidade, os resíduos Classe II também
necessitam de atenção no descarte. A destinação errada pode trazer sérios
impactos para o meio ambiente. 

Dentro das características
próprias dos resíduos definidos como Classe II, podemos encontrar a
combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. 

Exclusivamente para a Classe II
de resíduos, a ABNT definiu duas subclassificações, cada uma com suas particularidades:
os resíduos de Classe II A (não inertes) e os resíduos de Classe II B
(inertes). 

Classe II A (não
inertes): 
Nessa classificação, encontramos os resíduos que, apesar de
possuírem baixa periculosidade, ainda apresentam características químicas
reativas a determinados meios. Esses resíduos, quando expostos ao contato
dinâmico e estático com água destilada/deionizada e à temperatura ambiente,
possuem um ou mais de seus componentes lixiviados ou solubilizados. Matérias
orgânicas da indústria alimentícia, fibras de vidro e gessos são exemplos de
resíduos Classe II A.  

Classe II B (inertes): Este é o grupo de resíduos que apresentam uma
baixa capacidade de reação, podendo ser reciclados ou destinados para aterros
sanitários de maneira segura. Essa segurança é possível especialmente pelo fato
de os resíduos inertes não mudarem suas composições com o passar do tempo. 


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