A cidade de Ponta Grossa conta com um serviço essencial para a proteção de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Trata-se do AMA — Abrigo Municipal de Adolescentes, que funciona desde 2017 na região da Lagoa Dourada. O espaço é destinado a adolescentes que estão sob medida protetiva, afastados de suas famílias por determinação judicial ou por intervenção do Conselho Tutelar.
De acordo com Tatyana Belo, presidente da Fundação de Assistência Social (FASPG) e secretária municipal de Assistência Social, o AMA tem capacidade para acolher até 18 adolescentes, mas atualmente atende dez. O serviço é mantido integralmente pelo município e conta com a parceria da Vara da Infância e Adolescência e do Ministério Público, que acompanham cada caso por meio de audiências e determinações judiciais.
“O objetivo do acolhimento é proteger o adolescente, garantindo que ele tenha acesso à escola, alimentação e todos os direitos básicos, até que a Justiça defina se ele pode retornar à família de origem ou ser encaminhado para adoção”, explica Tatiana.
Além do AMA, o município mantém outras três instituições conveniadas que oferecem, juntas, 88 vagas para acolhimento institucional. Também funciona em Ponta Grossa o programa de Família Acolhedora, que permite que crianças e adolescentes fiquem temporariamente sob os cuidados de famílias cadastradas, enquanto aguardam a definição judicial sobre seu futuro. O tempo de permanência nos abrigos varia conforme a situação de cada criança ou adolescente. Segundo Tatiana, muitos casos são complexos, envolvendo situações como abandono, violência, tráfico de drogas ou famílias em condição de extrema vulnerabilidade, incluindo pessoas com deficiência sem suporte adequado.
Tatyana destaca que, apesar da estrutura do AMA já ter operado em sua capacidade máxima, o município consegue atender a demanda graças à rede de instituições parceiras. Todo o serviço é fortalecido por meio do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que garante recursos para as ações de proteção. “Nosso trabalho é garantir que nenhum adolescente fique desassistido. É uma responsabilidade do município, mas também um compromisso coletivo de proteção, cuidado e defesa dos direitos das nossas crianças e adolescentes”, finaliza a presidente.
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