Nesta manhã de quinta-feira (19), os advogados de defesa, Pericles Ricardo e Emerson Woyceichoski, falaram com a imprensa sobre o caso da dentista acusada de agredir seu filho autista de 12 anos. Eles afirmaram que não houveram agressões. A situação aconteceu na residência da família localizada no Jardim Carvalho, em Ponta Grossa. O caso ganhou repercussão após vídeos serem divulgados sobre a ação da mulher.
No início da entrevista, o advogado Emerson Woyceichoski disse que o menino foi diagnosticado com esquizofrenia e também com autismo. “A mãe dedica toda a atenção, embora tenha mais dois filhos, a essa criança. O que aconteceu é que as pessoas estão supondo que houve agressão e não houve, e quem afirma isso certamente no momento adequado vai responder”.
Emerson explica que o menino foi no vizinho e pela janela tirou alguns produtos da janela e levou para a casa, e após o vizinho reclamou. “A mãe chamou o menino e disse, você vai entregar e vou contar até dez. Transtornado e falando que não iria, as pessoas interpretaram como uma agressão. Esse episódio criou um abalo grande na mãe e na família inteira. A divulgação do vídeo sem ter a real situação coloca como a mãe batendo […]”.
O pai do menino trabalha no Mato Grosso e no momento está em Ponta Grossa. Durante a coletiva afirmou que em todos esses anos nunca viu a mãe agredir seu filho, porque ela sempre o acolhe. O pai do menino também explicou que “os vizinhos ficam filmando e ele acha que está fazendo uma graça para eles. Sabe que não pode subir no telhado e faz isso para chamar atenção […]. Apesar de ele ter esses transtornos ele é inteligente”.
Sobre as imagens compartilhadas, o pai do menino disse que seria de um outro vizinho que foi filmado por um prédio lateral, e em relação dos produtos é de um sobrado. Em relação das palavras fortes falada no vídeo, o pai esclareceu que foi no calor do momento e que não é normal isso. Já o Conselho Tutelar acompanha o adolescente desde 2021. O advogado Emerson questionou o pai se o filho agride a mãe quando está transtornado. “Ele agride a mãe quando está transtornado, avança nela e às vezes bate”.
Em relação de como a família está lidando com a situação, o pai argumentou que “é muito ruim o que isso está acontecendo. Eu entro em casa e tem 15 pessoas olhando toda a hora e monitorando com o celular, querendo filmar uma coisa que não existe. Minha filha que é dois anos mais velha que ele, está na casa de uma amiga, minha esposa estava lá em outro local e eu que estou com a criança em casa”.
O advogado Pericles Ricardo disse que não houve agressões e apontou que um tempo atrás, o Ministério Público abriu um procedimento junto a Vara da Infância e Juventude. “Foi realizado todo o procedimento, estudo social e teve o acompanhamento ao ponto da juíza determinar o arquivamento do processo, porque não existia nenhuma agressão”.
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