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Chuvas acima da média, a falta de planejamento e ação dos governantes, por Roberto Ferensovicz

Roberto destaca a preocupação com as mudanças climáticas e a necessidade de políticas públicas a longo prazo. O texto enfatiza a importância de infraestruturas.

Nos últimos anos temos visto uma mudança significativa em nosso clima. Os motivos e os culpados já sabemos, o uso indevido e irresponsável das reservas naturais, bem como a falta de educação da população em geral, no que diz respeito aos cuidados com o meio ambiente.

Somado a isso poucos gestores públicos se preocupam de fato com essas mudanças em nosso clima e pouquíssimo se faz em termos de políticas públicas de médio e longo prazo. Nossa classe política tem uma preferência enorme em fazer obras para curto prazo, muitas vezes se pensa mais no voto para a reeleição do que na necessidade da população.

As chuvas torrenciais tem causados grandes prejuízos, sofrimento e o pior, várias mortes na região sul do Brasil, em especial no Rio Grande do Sul. E infelizmente a notícia não é boa, no mês de outubro essa média alta de chuvas deve continuar e com isso novas enchentes, desmoronamento de estradas e rodovias, enfim, o medo e a preocupação continua, em especial nas regiões baixas e próximas aos rios.

No entanto essa preocupação se estende além destas regiões, locais próximos aos morros sofrem com os deslizamentos, assim como residências em áreas com terrenos acidentados ou com escoamento ruim por falta de planejamento urbano.

Talvez esse seja um dos principais desafios na área da engenharia daqui para frente, pensar em obras, construções que estejam preparadas para as mudanças climáticas que já chegaram há um tempinho.
Mas de nada adianta termos profissionais capazes de pensar e projetar essas obras se não tivermos governantes preocupados com essa nova realidade. Pensar nas cidades para o futuro é fundamental para que possamos (nós, nossos filhos e netos) viver em condições minimamente adequadas.

Um desafio e principalmente uma pauta importante é a retirada das famílias que vivem em áreas de risco e principalmente impedir que novas moradias sejam construídas nesses locais e isso não é uma tarefa nada fácil. Importante destacar que não podemos culpar essas pessoas que vivem nessas áreas, entendo que ninguém quer viver e colocar sua família sob risco, o que houve e há é a falta de políticas adequadas na área de habitação e um trabalho direcionado e principalmente humanizado para retirar as famílias de áreas de risco.

No próximo ano teremos eleições e já será uma oportunidade para os eleitores cobrarem dos candidatos políticas públicas que atendam essa demanda tão importante para todos nós.

Leia também: População quer mais segurança do que educação? E a saúde como vai?, por Roberto Ferensovicz


Roberto Ferensovicz

Roberto Ferensovicz

Servidor público municipal há 28 anos. Vice-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ponta Grossa (SindServ-PG)

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