O futuro urbanístico e logístico de Ponta Grossa pode ser definido por uma proposta técnica apresentada à concessionária Grupo CCR Motiva. O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Ponta Grossa (CDEPG) e o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Ponta Grossa (Iplan) formalizaram, por meio do Ofício 83/2025 datado de 28 de outubro de 2025, uma solicitação de adequação do traçado previsto para o Contorno Rodoviário. A PRVias pontuou que recebeu a proposta e que analisará tecnicamente a sua viabilidade.
O Contorno Rodoviário de Ponta Grossa, que abrange os trechos denominados de “contorno leste” e “contorno norte”, está atualmente em fase de definição no âmbito da concessão federal administrada pela concessionária.
Preocupação e Antecipação Técnica
O CDEPG, representando a sociedade civil organizada, manifestou preocupação e posicionamento técnico em relação ao traçado que estava sendo estudado. Cientes de que ainda não havia uma definição oficial do traçado final, as entidades locais optaram por antecipar a formalização da proposta para economizar tempo e fornecer elementos técnicos e territoriais concretos que pudessem subsidiar análises futuras. O objetivo central é contribuir proativamente para o processo decisório.
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O traçado proposto — representado graficamente no mapa datado de 30/10/2025 e organizado por John Goes/Iplan Ponta Grossa — foi consolidado após diversas reuniões técnicas e comunitárias. Houve ampla participação de representantes do setor produtivo, instituições de ensino, órgãos de classe e lideranças locais, resultando em um consenso de que o traçado anexo representa a alternativa mais adequada.
De acordo com a presidente do CDEPG, Priscilla Garbelini Jaronski, a principal diferença entre o traçado proposto pelo conselho e o previsto pela concessionária é que ele estende um pouco o limite, principalmente ao norte da cidade. “A gente considera ali uma possível extensão de um distrito industrial norte, onde fica ali perto da divisa com o município de Carambeí e fica atrás do condomínio Alphaville, atrás da empresa DAF e da maltaria”, ressaltou.
“Ali é a principal diferença. É importante mencionar que nós sabemos que o traçado não é definitivo. Mas nós sabemos que existem alguns desenhos que já foram considerados e para a gente poder se antecipar nessa conversa é que a gente fez esse estudo técnico e estamos propondo como sugestão esse traçado”, complementou.
Confira a proposta técnica apresentada à concessionária Grupo CCR Motiva na íntegra aqui.
As Vantagens do Traçado Proposto, segundo as entidades
A proposta técnica surgiu de estudos e levantamentos conduzidos por profissionais e entidades locais. Os argumentos apresentados ao Sr. Keller Rodrigues, Executivo de Infraestrutura do Grupo CCR Motiva, destacam as vantagens da rota alternativa:
1. Proteção Ambiental e Patrimonial: O traçado proposto respeita os limites de áreas ambientalmente sensíveis, incluindo a zona de amortecimento do Parque Nacional dos Campos Gerais e da Vila Velha. Além disso, ele visa preservar a rota turística e o patrimônio paisagístico da região.
2. Planejamento Urbano: A proposta garante que o perímetro urbano seja mantido integralmente dentro do contorno, assegurando espaço adequado para o crescimento planejado da cidade.
3. Logística e Desenvolvimento: O traçado favorece o escoamento logístico e o desenvolvimento do eixo industrial, com um foco especial no distrito industrial norte. Garante também acessos seguros e eficientes às áreas industriais, residenciais e de expansão urbana.
4. Minimização de Custos: Há uma expectativa de minimizar custos e impactos de desapropriação e obras de arte (grandes estruturas de engenharia).
A Definição do Futuro da Cidade
O CDEPG enfatiza que a escolha do traçado do contorno é uma decisão de longo alcance, que definirá o futuro da cidade nas próximas décadas. A rota influenciará diretamente o potencial de crescimento industrial, imobiliário e turístico de Ponta Grossa.
Portanto, as entidades consideram essencial que a decisão final seja pautada por critérios técnicos, ambientais e, acima de tudo, pelo interesse público local, exigindo um diálogo efetivo entre a concessionária, os órgãos federais e o município.
A solicitação formal ao Grupo CCR Motiva é para que a análise e consideração do traçado anexo sejam incluídas nos estudos e projetos executivos em andamento, garantindo que a obra se realize em conformidade com o planejamento urbano e regional de Ponta Grossa.
Posicionamento da PRVias
A PRVias informa que recebeu a proposta do CDEPG do traçado para o contorno rodoviário de Ponta Grossa e que analisará tecnicamente para avaliar a viabilidade.
*Com informações das assessorias
*Matéria atualizada, às 15h17, para acrescentar o posicionamento da PRVias




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