A concessão das rodovias de Ponta Grossa e região foi oficialmente assinada nesta segunda-feira (28). A cerimonia de assinatura do Lote 3 e também do Lote 6, que pertence a rodovias do Oeste do Estado, ocorreu em Brasília e envolveu o governador do Estado, Ratinho Jr., o ministro dos Transportes, Renan Filho, Guilherme Theo Sampaio, diretor-geral da ANTT e os representantes das concessionárias vencedoras do leilão.
O Lote 3, que integra o município de Ponta Grossa e a região dos Campos Gerais, será gerido pelo Grupo Motiva (CCR S/A) e prevê investimentos de R$ 16 bilhões em obras ao longo de 570 quilômetros. O projeto visa melhorar a ligação entre o interior do Paraná e o Porto de Paranaguá, incluindo importantes contornos e duplicações nas principais rodovias da região.
Já o Lote 6, arrematado pelo Grupo EPR, é considerado o maior do pacote com um investimento previsto de R$ 20,2 bilhões. Este lote contempla obras ao longo de 662 quilômetros e inclui duplicações significativas na BR-277 e outras rodovias importantes.
Entre as inovações previstas estão ciclovias, passarelas para pedestres e sistemas tecnológicos avançados para monitoramento e segurança nas rodovias. Considerando os dois projetos, são mais de 1.200 quilômetros de estradas incluídas nas concessões, com um montante de R$ 36 mihões previstos em investimentos.

Cerimônia
Durante a cerimônia de assinatura, o governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou que esse avanço nas concessões rodoviárias reflete uma estratégia de longo prazo do governo estadual. Ele enfatizou a importância de aproveitar as vocações naturais do Paraná, que incluem sua robusta produção agrícola e sua localização geográfica favorável. “A prioridade a esses setores é evidenciada pelo crescimento econômico expressivo do Paraná, que se destacou como o maior do Brasil em fevereiro deste ano”, declarou Ratinho Junior, citando dados do Banco Central.
O governador ressaltou que essa expansão é resultado de um planejamento iniciado em 2019, que visa aumentar o valor agregado da produção agrícola por meio da industrialização, posicionando o estado como um “supermercado do mundo”. Ele também reforçou a relevância das novas concessões rodoviárias como parte de um pacote que se destaca na América Latina.
A união das rodovias estaduais e federais em um único pacote foi defendida por Ratinho Junior como uma forma eficaz de atrair investidores qualificados. “Estamos apresentando aos paranaenses um modelo de concessão transparente e justo, fundamental para solidificar o Paraná como um hub logístico na América do Sul”, afirmou.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, elogiou o modelo adotado nos leilões das rodovias paranaenses como um exemplo a ser seguido por outros estados. Ele acredita que essa colaboração entre os governos estadual e federal poderá impulsionar diversos setores econômicos no Paraná. “O Estado do Paraná, por meio de suas políticas próprias e de parcerias com o governo federal, está pilotando uma agenda que pode servir de exemplo para outros estados que precisam impulsionar o desenvolvimento”, destaca.
Guilherme Theo Sampaio, diretor-geral da ANTT, também comentou sobre os benefícios dos contratos firmados, afirmando que os investimentos trarão estabilidade e segurança tanto para as concessionárias quanto para futuros investidores. “Apenas estes dois contratos simbolizam mais de R$ 30 milhões de investimentos apenas em melhoras melhorias da malha rodoviárias, mas mais do que isso, eles permitem estabilidade, previsibilidade e segurança tanto para as concessionárias quanto para quem pretende investir no Paraná”, disse.
Próximos passos
A partir da assinatura do Termo de Arrolamento e Transferência de Bens, prevista para ocorrer nos próximos 30 dias, iniciará a contagem do prazo de concessão. A expectativa é que os primeiros trabalhos de recuperação das estradas sejam realizados logo no início da vigência dos contratos.
Os dois consórcios vencedores já estão trabalhando nas estruturas para futuras praças de pedágio; no entanto, a cobrança efetiva só começará após a validação da ANTT sobre a capacidade operacional das concessionárias.
Com essas novas concessões, o Paraná avança na entrega dos lotes restantes do pacote rodoviário. Até 2026, espera-se concluir todos os processos relacionados aos seis lotes programados. O primeiro lote já está sob administração do Grupo Pátria com um investimento estimado em R$ 7,9 bilhões.
*Com informações da AEN